Por causa da seca, duas semanas depois de reduzir a liberação de água do reservatório de Sobradinho, na Bahia, a vazão será diminuída novamente.
A partir da próxima segunda-feira (9), a Agência Nacional de Águas (ANA) vai permitir que chegue a 550 metros cúbicos por segundo, o menor patamar histórico na maior barragem da bacia do rio São Francisco.
O mínimo adotado em situações de normalidade até 2013 era de 1,3 mil metros cúbicos por segundo.
Desde a semana passada, Xingó, entre Sergipe e Alagoas, também tem autorização para vazão de até 550 metros cúbicos por segundo, também a menor da história.
No entanto, estas vazões estão sendo colocadas em prática gradualmente para permitir a avaliação das medidas sobre os usos da água.
LEIA TAMBÉM » Com seca, reservatórios do São Francisco têm vazão reduzida para a menor histórica » Por causa da seca, Xingó terá menor vazão histórica a partir desta segunda O objetivo da medida é de preservar os estoques de água dos reservatórios diante do agravamento das condições de seca.
Ao longo de setembro, a vazão média em Xingó foi de 576 metros cúbicos por segundo.
Em Sobradinho, 611 metros cúbicos por segundo.
Os dois vêm tendo diminuições graduais ao longo dos anos por causa da estiagem na região.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a precipitação média anual é de 1.003 milímetros, muito abaixo da média nacional, de 1.761 milímetros. » Reservatórios do São Francisco têm menor vazão já liberada » Empresários tentam convencer governo a rever restrição de uso do rio São Francisco » Revitalização do São Francisco pelo Tocantins esbarra em custo de R$ 500 mi Com chuvas abaixo da média desde 2012, uma resolução publicada pela ANA no ano seguinte já baixou a vazão permitida de 1,3 mil metros cúbicos por segundo para 1,1 mil metros cúbicos por segundo.
Em abril de 2015, passou para mil metros cúbicos por segundo.
Em junho do mesmo ano, foi a 900 metros cúbicos por segundo.
O volume autorizado ficou em 800 metros cúbicos por segundo de janeiro a outubro do ano passado, quando o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) liberou à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) testes com 700 metros cúbicos por segundo até abril.
O número ficou em 600 metros cúbicos por segundo por três meses.