O PSDB decidiu nesta quinta-feira (5) retirar o deputado Bonifácio de Andrada (MG), relator da segunda denúncia contra Michel Temer (PMDB), da vaga do partido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), presidente do colegiado, afirmou a Romoaldo de Souza, correspondente da Rádio Jornal em Brasília, no entanto, que não vai destituí-lo.

A sugestão dos tucanos a Pacheco é de que ele abra uma vaga do PMDB para Andrada. “Em função da importância do trabalho do deputado, ele (Pacheco) cederia uma vaga de seu partido, por exemplo”, afirmou à Estadão Conteúdo o presidente em exercício do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). “Ele, tecnicamente, em função dos conhecimentos que tem, fará o relatório.

Mas não pelo PSDB”, disse também à agência o líder do PSDB, Ricardo Tripoli (SP).

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Enquanto uma ala defende a permanência no governo Michel Temer (PMDB), em que o partido tem quatro ministérios, os chamados “cabeças-pretas” pedem o desembarque.

A escolha de Bonifácio de Andrada acentuou o racha.

O relator da primeira denúncia também acabou sendo tucano.

Após o parecer de Sérgio Zveiter, então no PMDB, ter sido rejeitado pela comissão, o relator passou a ser Paulo Abi-Ackel, do PSDB de Minas Gerais como Andrada.

Em agosto, o atual relator acompanhou o correligionário e foi contrário à investigação de Temer.