Retirado da vaga do PSDB na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o deputado Bonifácio de Andrada (MG), relator da segunda denúncia contra Michel Temer (PMDB), vai conseguir ficar no colegiado.

O parlamentar foi indicado pelo líder do PSC, Professor Victorio Galli (MT) para a vaga do partido.

Assim, Marco Feliciano (SP) sai e Andrada permanece.

A sugestão dos tucanos ao presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), contrário à mudança, era de que ele abrisse uma vaga do PMDB para Andrada. “Em função da importância do trabalho do deputado, ele (Pacheco) cederia uma vaga de seu partido, por exemplo”, afirmou à Estadão Conteúdo o presidente em exercício do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). “Ele, tecnicamente, em função dos conhecimentos que tem, fará o relatório.

Mas não pelo PSDB”, disse também à agência o líder do PSDB, Ricardo Tripoli (SP).

LEIA TAMBÉM » PSDB decide tirar relator da denúncia da CCJ, mas Pacheco não deve destituí-lo » À CCJ, defesa de Temer fala em ‘golpe’ e ‘métodos sórdidos’ de Janot para atacá-lo » Ala tucana quer trocar relator de denúncia contra Temer » Veja como devem votar os pernambucanos na 2ª denúncia contra Temer A escolha de Andrada para ser relator da denúncia provoca confusão no PSDB desde a semana passada e acentuou a divisão no partido.

Enquanto uma ala defende a permanência no governo Michel Temer (PMDB), em que o partido tem quatro ministérios, os chamados “cabeças-pretas” pedem o desembarque.

A escolha de Bonifácio de Andrada acentuou o racha.

O relator da primeira denúncia também acabou sendo tucano.

Após o parecer de Sérgio Zveiter, então no PMDB, ter sido rejeitado pela comissão, o relator passou a ser Paulo Abi-Ackel, do PSDB de Minas Gerais como Andrada.

Em agosto, o atual relator acompanhou o correligionário e foi contrário à investigação de Temer.