Os políticos não vão querer abrir mão tão fácil dos feudos que mantém nas geradoras de energia pelo Brasil.
O exemplo de Minas Gerais, com a união de Aécio Neves e Fernando Pimentel, são simbólicos, mas para o bem do Brasil foram derrotados e a venda das usinas ocorreu, com volumosos recursos investidos pelos empreendedores privados.
A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) acaba de enviar cartas aos presidentes da confederações da indústria do País reiterando a necessidade de um apoio explícito das organizações ao atual processo de reforma no setor elétrico.
Segundo a entidade, a abertura do segmento é fundamental para ampliar a competitividade do setor produtivo no Brasil.
Somente de 2003 a 2016, as empresas obtiveram um economia de R$ 70 bilhões no ambiente livre. “É essencial que as medidas interligadas para o destravamento do mercado e modernizacão do setor elétrico não sejam segregadas”, afirma Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel. “A análise e adequações a serem realizadas devem ser feitas de forma conjunta e com o estabelecimento de datas concatenadas para a implementação das medidas”, complementa.
Segundo a Abraceel, são pontos centrais das propostas o foco nos incentivos a eficiência nas decisões empresariais de agentes individuais como vetor de modicidade tarifária, a segurança de suprimento e a sustentabilidade socioambiental.
A entidade destaca ainda como elementos relevantes a sinalização econômica como mecanismo de alinhamento entre interesses individuais e sistêmicos e a alocacão adequada de riscos para permitir sua gestão individual.