O vice-governador do Estado e presidente do PMDB em Pernambuco, Raul Henry, foi escalado pelo governo do Estado para responder ao artigo do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB), publicado nesta quarta-feira, nas páginas de opinião do Jornal do Commercio e visto como uma primeira declação de guerra ao socialista Paulo Câmara com vistas as eleições de 2018.

Veja abaixo o primeiro jeb desta luta.

Por Fernando Bezerra Coelho, em artigo no JC desta quarta-feira Essa semana ultrapassamos a marca de mais de 4 mil homicídios, retroagimos aos vergonhosos números anteriores ao Pacto pela Vida, em 2007.

O ministro da Defesa afirma que Pernambuco é mais violento que o Rio de Janeiro.

Infelizmente, os nossos problemas não se resumem à violência e insegurança.

Pernambuco está ficando para trás na sua capacidade de realizar projetos e articular a sua força política para transformá-los em investimentos a favor da nossa gente.

De 2011 a 2014, Pernambuco investiu R$ 9,6 bilhões.

A Bahia R$ 8,0 bilhões e o Ceará R$ 9,1 bilhões.

Pernambuco soube fazer valer a sua força política para liderar os investimentos públicos no Nordeste.

Em 2015, o Brasil mergulha na sua maior crise econômica, com reflexos bastante negativos em todo o Nordeste.

Os números dos investimentos, de 2015 a junho de 2017, não socorrem a gestão Paulo Câmara que afirma estarmos de pé, apesar da crise, pelo simples fato de manter os salários dos servidores em dia.

Isto é pouco.

Pernambuco merece mais.

Pernambuco, que liderava, literalmente desaba.

Agora, se posiciona em um distante 3º lugar com R$ 2,6 bilhões.

A Bahia lidera com quase duas vezes e meia a mais, alcançando R$ 6,4 bilhões, e o Ceará vem em 2º lugar com quase o dobro de Pernambuco, com mais de R$ 4,9 bilhões.

Por termos grandes carências nas áreas sociais e de infraestrutura, um investimento não realizado hoje fará muita falta amanhã.

Não podemos nos acomodar.

Não podemos aceitar o mínimo.

Nos próximos meses, teremos a oportunidade de debater e apontar as razões que explicam a desaceleração do nosso estado.

A crise do Brasil explica uma parte, mas não explica tudo.

Muito tem a ver com as escolhas e as opções que aqui foram feitas.

Temos o dever de aspirar mais, de sonhar mais, de lutar mais, pois Pernambuco tem força e potencial para liderar o Nordeste.

Pernambuco precisa de uma nova agenda, de um novo caminho, de uma nova liderança para construir um novo tempo.