O ministro da Defesa, Raul Jungmann, vê os pedidos de intervenção militar que recebe como um reflexo da política atual, mas enfatiza que não é esta a saída para os problemas do País. “É o reflexo da perda de credibilidade, da desmoralização da política.

Mas uma intervenção militar é o reverso da política é um contexto autoritário, antidemocrático e não está na constituição que firmamos em 1988”, afirmou em entrevista à Rádio Jornal nesta segunda-feira (2).

LEIA TAMBÉM » Ex-presidente do TJPE faz enquete sobre intervenção militar no Brasil » Jungmann diz que Forças Armadas têm hierarquia, após caso do general Mourão » General fala em possibilidade de intervenção e é criticado por Forças Armadas Jungmann foi questionado por um ouvinte da rádio, que defendeu uma intervenção e quis saber como o comando das Forças Armadas vê essa medida. “Lamento a situação dele”, disse Jungmann sobre o homem que o questionou. “Iria resolver problema da Previdência?

Do déficit?

Da falta de credibilidade da política?

Fecharíamos o Congresso e voltaria a censura?

Por aí não é a saída.” » Grupo exalta Ustra em protesto contra Lula no Recife » No Recife, grupo pede intervenção militar e saída de Temer » PT cobra reação de Temer e Exército contra general que falou em intervenção O ministro argumentou que o País passa por um “rito de transição muito doloroso”, mas que as instituições estão funcionando. “Que outro país faz um processo de limpeza como estamos fazendo?

E é a democracia que permite isso”, disse, sobre as investigações de casos de corrupção.

O ministro frisou que o comando das Forças Armadas não cogita fazer uma intervenção e citou uma frase do general Eduardo Villas Bôas, à frente do Exército: “o Brasil dispensa tutelas”. “O clima é de absoluta observância dos princípios constitucionais”, afirmou. “Não cabe a eles dar conta de um quadro como esse.”