Pré-candidato à presidência pelo PDT em 2018, o cearense Ciro Gomes afirmou em entrevista ao jornal A Tarde que aprendeu das eleições de 1998 e 2002, em que foi derrotado, que a linguagem usada por ele não atinge a todo o público, principalmente os mais ricos e educados. “Parte da incompreensão comigo é que eu venho do Nordeste e eu não quero mudar”, disse. “Não é que tenho duas caras, que mude, porque não tenho muito mais jeito e nem quero vender a alma para ser presidente do Brasil.” Ciro Gomes também voltou a criticar uma possível candidatura do ex-presidente Lula (PT), com quem polarizaria votos mais de esquerda.
Para ele, o petista entrar na disputa seria um “desserviço”. “Não estou falando dessa crônica policial, judicial, que já é em si muito entristecedora para todos nós.
Mas estou falando do fato que o Lula, hoje, divide em ódios e paixões a sociedade brasileira.
Nós precisamos desesperadamente discutir em um ambiente menos passional e mais politizado, o futuro do país”, argumentou o ex-ministro da Integração Nacional do petista.