Quatro meses depois da denúncia da Casa dos Frios sobre a FJW Empresarial LTDA, a empresa tornou-se uma das investigadas na Operação Mata Norte, que tem como alvo fornecedoras de merenda escolar para municípios pernambucanos.

A polêmica entre as duas começou na licitação dos espaços de venda de produtos regionais no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Recife.

A Casa dos Frios tinham a concessão para a venda no aeroporto, mas perdeu a licitação homologada em abril para a FJW, com o nome fantasia Sabor da Casa.

A empresa recorreu à comissão de licitação da Infraero.

Entre as acusações está a de que ela funcionaria em um endereço fantasma.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) orientou as prefeituras a suspender contratos com as empresas citadas nas investigações da Operação Mata Norte, incluindo a FJW.

No documento, o tribunal enfatiza ainda que a empresa está com a situação cadastral bloqueada junto à Secretaria da Fazenda desde agosto, o que a impediria de comercializar seus produtos.

LEIA TAMBÉM » Grupo Dias diz que empresa fantasma venceu licitação da Infraero para vender bolo de rolo no Aeroporto do Recife » TCE orienta prefeituras a suspender contratos com empresas citadas nas operações Comunheiro II e Mata Norte » Alvo de operação da PF, ex-prefeito de Lagoa do Carro é solto » Ex-prefeito de Lagoa do Carro é preso suspeito de fraudar licitação de merenda escolar Fonte: Infraero A operação foi deflagrada pela Polícia Federal na semana passada e prendeu o ex-prefeito de Lagoa do Carro Severino Jerônimo da Silva, conhecido como Jaílson do Armazém (PSB), liberado nessa terça-feira (26).

A investigação da PF apontou que houve desvio de recursos federais do Programa de Apoio à Alimentação Escolar na Educação Básica (Pnae), através de sobrepreço e superfaturamento nos valores das licitações.

O prejuízo foi calculado em R$ 512 mil reais.

Fonte: Tribunal de Contas de Pernambuco Segundo a polícia, processos licitatórios eram montados, dando aparência de legalidade e de competitividade entre as empresas, que, de acordo com a apuração, se revezavam na contratação prefeitura.

As empresas investigadas atuam em outros municípios e também são fornecedoras de órgãos estaduais, com contratos de mais de R$ 87 milhões.

O Blog de Jamildo entrou em contato com a Infraero, que afirmou que não vai se manifestar.