Sem alarde, o ex-procurador Carlos Guerra, que foi chefe do Ministério Público do Estado (MPPE) entre 2015 e 2016, se aposentou da carreira de promotor.

Segundo um procurador do MPPE, sob reserva de fonte, a saída foi “sem os elogios e honrarias de praxe”, pois já houve um “desentendimento” entre o ex-procurador e o atual chefe do MPPE, Francisco Dirceu Barros.

Sintomático, segundo esta mesma fonte, é que o ato de aposentadoria foi assinado pela substituta de Francisco Dirceu Barros e não pelo chefe do MPPE, como é a tradição na instituição.

Carlos Guerra foi secretário-geral do MPPE na gestão de Aguinaldo Fenelon, entre 2011 e 2014.

Alçado a procurador geral de Justiça em janeiro de 2015, fez história no MPPE ao se tornar o primeiro chefe da instituição que não conseguiu uma recondução nas urnas.

Guerra ficou em quarto lugar na eleição entre seus colegas de MPPE e não teve o nome submetido ao governador Paulo Câmara, por ser a lista tríplice.

Com o resultado inesperado das urnas, o segundo lugar na lista, Francisco Dirceu Barros, foi nomeado pelo governador, com as “bençãos” de Aguinaldo Fenelon e seu grupo.