Durante uma audiência na Câmara dos Deputados nessa terça-feira (27), para discutir sobre a privatização da Eletrobrás, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), deputado Danilo Cabral (PSB-PE), fez um apelo ao ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, dissidente do PSB.
O socialista pediu que o governo reveja a privatização da Eletrobrás, assim como aconteceu com a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca).
Durante a ocasião, o Fernando Filho apontou a performance operacional, o elevado endividamento e a fragilidade de governança como justificativas para a venda da estatal que controla o setor elétrico brasileiro.
LEIA TAMBÉM » Silvio Filho questiona venda da Copergás e quer frente contra privatização » ?????Funcionária da Chesf entra com ação popular contra a privatização » No Ceará, Danilo Cabral diz que ‘privatização é criminosa’ “Que o recuo no caso da Renca, fruto da ausência de diálogo, sirva de exemplo no debate da Chesf.
Se não dialogar, a força do povo vai fazer você recuar novamente.
Não manche sua biografia colocando sua digital na venda do São Francisco”, declarou o socialista.
Para o parlamentar, a revogação do decreto da Renca, publicada no Diário Oficial da União, é a síntese do que pode ocorrer com a proposta de venda do sistema energético do País. “É consenso entre os parlamentares que esse debate precisa ser aprofundado, que o governo precisa dialogar com a sociedade.
Não se vende um patrimônio nacional dessa forma, sem a participação dos brasileiros”, criticou.
O deputado pernambucano ainda ressaltou que o debate sobre a privatização da Eletrobrás é suprapartidário, inclusive com a posição contrária à proposta de integrantes da base governista.
Ele lembrou que a Frente Parlamentar em Defesa da Chesf conta com a participação de mais de 200 deputados, todos buscando atender os interesses do Brasil e lutando pela soberania do País. » Temer deve receber modelo de privatização da Eletrobras em setembro Danilo também destacou que a mobilização popular contra a venda da Companhia está crescendo, com eventos e ações em todos os estados, inclusive com apoio dos nove governadores do Nordeste que já se posicionaram contra o governo.