O Ministério da Educação vai estrear dois recursos de segurança no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017.
Um deles é a prova personalizada com nome e número de inscrição do participante.
O outro recurso são detectores de ponto eletrônico, novidade apresentada nesta quarta-feira, 27, durante o Encontro Nacional para Alinhamento Operacional do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, em São Paulo.
Nesta quarta, o ministro da Educação, Mendonça Filho, destacou a importância da adoção de novos procedimentos de segurança. “Nosso objetivo é combater os pontos eletrônicos que, infelizmente, ainda são usados em exames de grande expressão como o Enem”, afirmou.
O ministro destacou os ganhos com as mudanças adotadas no Enem após consulta pública. “Se fizermos um paralelo, dificilmente encontraremos algo da magnitude e do significado do Enem.
Estamos pensando no conforto dos participantes e isso representa um ganho extraordinário”, afirmou.
O encontro marcou o início da expedição das provas do Enem.
O Ministério da Educação, o Ministério da Defesa e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) assinaram a ordem de serviço.
No total, 13,5 milhões de provas serão distribuídas para todos os estados brasileiros, além do Distrito Federal.
O transporte será feito pela ECT, com escolta das Polícias Militar e Rodoviária Federal.
Após a autorização, o primeiro carregamento de provas saiu em direção aos pontos de armazenagem no interior do país.
O novo recurso de segurança do Enem é um receptor avançado de detecção de campo próximo, capaz de detectar a emissão de sinais em radiofrequência de WiFi, Bluetooth, celulares e transmissões ilegais.
O aparelho Andre, da marca Rei, fornecido pelo grupo Berkana, detecta transmissões de radiofrequência, independentemente de serem desconhecidas, ilegais, disruptivas ou de interferência.
O recurso será usado para localizar e identificar, com precisão e sem a necessidade de busca pessoal, participante que tentarem usar pontos eletrônicos ou aparelhos de transmissão e que, eventualmente, possam ter burlado a inspeção por meio dos detectores de metal. “A adoção dessa nova tecnologia reforça a estratégia de segurança do Enem, que já utiliza detectores de metais para a fiscalização e identificação de aparelhos eletrônicos.
Os detectores são usados desde 2014 de forma amostral e estão presentes em todas as 13.620 coordenações de aplicação do Enem 2017”, diz o ministério.
O uso dos detectores de metal, e agora dos detectores de pontos eletrônicos, fazem parte de uma estratégia de prevenção e repressão a fraudes adotada pelo Inep sob orientação da Polícia Federal (PF).
O delegado Franco Perazzoni disse em Brasília que a Polícia Federal está investindo mais em uma inteligência de repressão às fraudes praticadas em certames. “Existem, hoje, pontos eletrônicos quase imperceptíveis. À medida que o crime organizado aumenta, vamos também inserir novas soluções de segurança.
Estamos planejando essa aplicação há mais de um ano e tudo que a Polícia Federal tem proposto vem sendo acatado pelo MEC e Inep”, garantiu.