No início da manhã, o governo obteve 12,12 bilhões de reais com o leilão de quatro usinas hidrelétricas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
As empresas concessionárias dispuseram-se a pagar ágio de 9,73% para obter o direito de explorar a produção de energia nessas quatro unidades.
Também no dia de hoje, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) promoveu a 14ª rodada de licitações de petróleo e gás.
Essa foi a primeira rodada de licitações no setor em mais de dois anos e a primeira realizada sob o novo modelo de exploração de petróleo e gás idealizado pelo governo do presidente Michel Temer.
O governo obteve R$ 3,84 bilhões com a concessão de 37 blocos marítimos e terrestres em várias regiões do país.
Participaram 32 empresas nacionais e estrangeiras de 18 países.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, como consequência direta dos leilões de campos de petróleo e gás são esperados investimentos de R$344 bilhões no Brasil nos próximos 10 anos por parte das empresas vencedoras. “Esses recursos serão gastos com serviços de engenharia, máquinas e equipamentos, além da construção, montagem e integração de plataformas de produção.
Estão previstos igualmente gastos com novos projetos de poços e instalações suboceânicas, algo que deverá contribuir ainda mais para a pesquisa e o desenvolvimento no setor.
Isso significa mais empregos diretos e indiretos, mais inovação e mais desenvolvimento para as regiões diretamente beneficiadas e para o país como um todo”. “Tanto os valores, quanto o número e o perfil dos participantes nos leilões de hoje confirmam a renovada confiança de investidores nacionais e estrangeiros na economia e nas instituições brasileiras.
Gigantes do setor estão sendo atraídas não só pelas oportunidades e perspectivas de negócios, mas também por um novo modelo de atração de investimentos”, comemorou o ministério, que tem o pernambucano Fernando Filho no comando. “Isso tem sido possível em razão do compromisso do presidente Temer com a segurança jurídica e a promoção de competição ampla e justa na celebração de parcerias com o setor privado.
O governo tem dado prioridade ao papel regulador do Estado por meio de entidades estatais autônomas como a ANP, tendo sempre em mente os benefícios gerados à população”.
CNI elogia A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia como positivo o saldo da 14ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios de Petróleo e Gás, realizada nesta quarta-feira (27) pelo governo federal.
Na avaliação da CNI, para o país se tornar competitivo é imprescindível aumentar a participação da iniciativa privada na gestão e nos investimentos em infraestrutura. “O resultado indica o maior volume de bônus da história e também as duas maiores ofertas por blocos – ambas na Bacia de Campos (RJ).
O sucesso dos leilões realizados hoje se deu em razão das recentes alterações regulatórias, que tornaram o mercado brasileiro mais atraente para o capital estrangeiro.
O caminho para a reversão do déficit da infraestrutura no Brasil passa pelo aumento da participação privada nos investimentos do setor”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Os leilões desta quarta também incluíram o setor elétrico, com arrecadação total de R$ 12,13 bilhões pelo governo por meio da concessão de quatro usinas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig): São Simão (GO/MG), Jaguara (MG/SP), Miranda (MG) e Volta Grande (MG/SP).
Segundo a CNI, os pacotes de concessões no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) têm potencial para colocar a infraestrutura do Brasil em outro patamar. “É preciso, porém, ampliar os investimentos no setor para níveis de países como o Chile e Peru, quer investem 5,1% e 4,2% de seus respectivos PIBs em infraestrutura, ante apenas 2,3% do Brasil”.