O líder da oposição a Paulo Câmara (PSB) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Silvio Costa Filho (PRB), deve propor a criação de uma frente parlamentar contra a venda da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), proposta pelo socialista.
O deputado também deve entrar com pedidos de informação ao governo sobre a situação fiscal e financeira da empresa e realizar uma audiência pública.
Silvio Costa Filho se reuniu com uma comissão de servidores da companhia na noite dessa segunda-feira (25).
Os funcionários são contrários à venda da Copergás e também procuraram políticos petistas, como a deputada estadual Teresa Leitão, o senador Humberto Costa e a vereadora Marília Arraes, que pode ser candidata a governadora pelo PT em 2018, contra Paulo Câmara.
LEIA TAMBÉM » Funcionários da Copergás opõem-se à privatização proposta por Paulo Câmara O líder da oposição é aliado do senador Armando Monteiro Neto (PTB), que fez aliança com os petistas nas últimas eleições, mas agora caminha ao lado de PSDB e DEM.
O pai dele, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB), já se coloca como pré-candidato de Lula ao Senado em 2018. “É preciso debater de forma transparente essa possibilidade de privatizar a Copergás e solicitar informações do porque querem privatizar a estatal.
Por isso, vamos solicitar informações, criar a frente parlamentar e discutir o tema através de uma audiência pública em defesa da companhia”, afirmou Silvio Costa Filho. “Estou à disposição da categoria para iniciar essa luta da forma mais coordenada possível.
Vamos estruturar, criar a frente e construir a agenda de atuação.” A negociação é de um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que lançou um edital para contratar a consultoria que deverá realizar os estudos para o negócio.
Hoje, a Copergás é uma empresa de economia mista, que tem como sócio majoritário o Governo do Estado.
Também fazem parte da sociedade a Petrobras Gás (Gaspetro) e a japonesa Mitsui, que seria a compradora.
A venda geraria R$ 700 milhões para que Paulo Câmara concluísse obras, a um ano das eleições.
Os funcionários afirmaram a Silvio Costa Filho que a companhia tem uma receita bruta de R$ 1,1 bilhão ao ano e um lucro líquido de R$ 70 milhões por ano.