Estadão Conteúdo - A segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), dessa vez por obstrução de Justiça e organização criminosa, deve ser lida nesta segunda-feira (25), no plenário da Câmara.

A sessão está marcada para as 14h.

A partir daí, abre-se a contagem do prazo de dez sessões plenárias para apresentação da defesa na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Um dos pontos a serem debatidos é se haverá fatiamento ou não da denúncia, uma vez que, ao contrário da primeira denúncia, focada só em Temer, nesta peça da Procuradoria-Geral da República (PGR) os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha também são acusados de formação e quadrilha e obstrução de Justiça.

LEIA TAMBÉM » Deputados do PMDB-PE vão responder sobre seus votos na 2ª denúncia contra Temer, diz Henry » Sessão para leitura de denúncia contra Temer é adiada para dia 25 Temer precisa de, no mínimo, 172 votos para conseguir barrar o prosseguimento da acusação para o Supremo Tribunal Federal (STF) Na primeira denúncia, votada em plenário no dia 2 de agosto, o presidente conseguiu 263 votos ao seu favor.

Contrários ao peemedebista votaram 227 deputados.

Nesse domingo (24), véspera de leitura de denúncia, Temer se reuniu com Padilha, Moreira Franco e o vice-líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM) no Palácio do Jaburu.

Além deles, estava presente o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola. » Mariz de Oliveira deixa defesa de Temer por ‘conflito de interesses’ Após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusar o PMDB e o governo de dar uma “facada nas costas” do DEM, Temer assumiu na quinta-feira (21), a articulação para tentar contornar a insatisfação na base.

Horas depois de chegar de Nova York, onde participou da Assembleia-Geral da ONU, o presidente reuniu auxiliares e disse que marcaria uma conversa com Maia para resolver o problema e conter a rebelião.