O ministro da Defesa, Raul Jungmann, divulgou uma nota sobre a declaração do general Antonio Hamilton Martins Mourão, que cogitou em palestra a possibilidade de uma intervenção militar.

A resposta afirma que “as Forças Armadas estão plenamente subordinadas aos princípios constitucionais e democráticos e ao respeito aos Poderes constituídos”. “Há um clima de absoluta tranquilidade e observância aos princípios de disciplina e hierarquia constitutivos das Forças Armadas, que são um ativo democrático do nosso País”, diz ainda.

Jungmann convocou o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, para falar sobre a declaração do general Mourão e sobre as medidas a serem tomadas.

LEIA TAMBÉM » General fala em possibilidade de intervenção e é criticado por Forças Armadas » PT cobra reação de Temer e Exército contra general que falou em intervenção A declaração de Mourão foi em Brasília na última sexta-feira (15), após o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciar pela segunda vez o peemedebista, desta vez por participação em suposta organização criminosa e obstrução de Justiça.

Ele afirmou que “os Poderes terão que buscar uma solução, se não conseguirem, chegará a hora em que teremos que impor uma solução… e essa imposição não será fácil, ela trará problemas”.

O general assumiu o cargo de secretário de economia e finanças do Exército em 2015, quando perdeu o Comando Militar do Sul, por ter feito duras críticas à classe política e ao governo.

Antes, ele já havia desagradado ao Palácio do Planalto, ao ter atacado indiretamente a então presidente Dilma Rousseff (PT) ao ser questionado sobre o impeachment dela e responder que “a mera substituição da PR (presidente da República) não trará mudança significativa no ‘status quo’” e que “a vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção”.