Por Prof.

Clovis Miyachi, Cientista Político.

Raul Henry, vice-governador vai a china, noticia divulgada na imprensa e nas redes sociais do reino de Pernambuco (artigo – Pernambuco 2018 e seus príncipes).

Richard Nixon, presidente dos Estados Unidos em 1972 foi a China.

Quem melhor poderia reatar a relação diplomática na época da guerra fria entre os dois países, um capitalista e outro comunista, somente um presidente anticomunista radical poderia ter apoio da sociedade para tal aproximação.

Se tal aproximação fosse feita por Kennedy, Jimmy Carter ou Barack Obama membro do partido Democrata, mais liberal a esquerda, correria o risco do gesto ser visto como declínio ou rendição do país para a China (Colapso da Civilização Ocidental, Naomi Oreske historiadora da Universidade de Harvard).

A metáfora, “Nixon vai à China“ é o conceito utilizado nas tomadas de decisões ou em determinações vindas de fontes imagináveis por principio.

Agora, contextualizando o conceito narrado acima e, trazendo o tema - Pernambuco 2018 Nixon vai à China para discussão, utilizaremos o atual cenário político (artigo - Pernambuco 2018, entre desejos e oportunidades) com a inclusão dos nomes daqueles indivíduos publicizados, tornados públicos e propagados na imprensa e redes sociais que, “são candidatos – mas até podem não ser” e, aqueles que “não são candidatos – mas até podem ser”: (1) governador Paulo Câmara (PSB); (2) senador Armando Monteiro (PTB; (3) senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB); (4) ministro Fernando Filho (PSB); (5) ministro Bruno Araujo (PSDB); (6) ministro Mendonça Filho (DEM); (7) Marilia Arraes (PT); (8) prefeito Geraldo Júlio (PSB); (9) secretario Felipe Carreras (PSB); (10) entre outros nomes.

O cidadão do interior do reino (mesorregião – São Francisco – Sertão – Agreste) diante do portão do palácio evoca a parábola, “Nixon vai a China” , isto é, em termos de gesto, o “vice-governador foi a China”, agora, será que a intenção para reeleição será mais importante que os incentivos de tornar governador de fato?

O professor Silvio Meira, da UFPE e do Porto Digital, coloca que, em tempo de internet e redes sociais, o poder sai do centro e migra para a borda (periferia – povão), demonstrando com isso, a necessidade da utilização em conjunto do conceito da “Fortuna”, da “Virtude” e das teorias do “Andor”, do “Poste” e do “palanque eletrônico”, para cristalização da intenção do voto da periferia em direção ao “príncipe”.

Em tempo, o fato do surgimento do conceito “Nixon vai a China” no reino de Pernambuco, com a indicação de um cidadão do reinado em substituição da candidatura a reeleição do atual príncipe, publicizado e propagado do centro para a periferia através de alguns e somente alguns canais (blog e não imprensa e rádio), permite considerar que “soltaram a perua”, agora, se ela retornar toda enfeitada e não judiada, aí sim temos a confirmação de que “Nixon vai a China”.

Considerando a fala do professor Silvio Meira, hoje a borda possui informações detalhadas e precisas da “praça digital” nova configuração do local onde acontecem os fatos e os cidadãos se reúnem para comentar e debater os acontecimentos do dia a dia, sabemos “como” a mensagem foi veiculada, mas vamos também descobrir os “porquês”. “Iniciar a discussão…”, participem.