Estadão Conteúdo - Depois de discussões internas entre integrantes de sua equipe, o presidente Michel Temer (PMDB) bateu o martelo e avisou que não fará pronunciamento neste sábado (16) sobre a segunda denúncia contra ele.
Na quinta-feira (14) o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, antes de deixar o cargo, denunciou Temer por formação de organização criminosa e obstrução de justiça.
Na equipe do Palácio do Planalto, auxiliares que defendiam que o presidente fizesse um pronunciamento.
Temer, que estava em dúvida se devia ou não fazer se manifestar, ouviu inúmeros interlocutores e foi convencido de que a nota divulgada na quinta-feira (14) na qual afirmava que a segunda denúncia é “recheada de absurdos”, “falta de credibilidade” e “realismo fantástico em estado puro”, era suficiente, pelo menos, neste momento.
LEIA TAMBÉM » STF deve rejeitar pedido para ‘sustar’ nova acusação contra Temer » Tucanos estão mais alinhados em 2ª acusação contra Temer » Defesa de Temer pede que denúncia seja devolvida à PGR Mesmo assim, Temer decidiu seguir para o Palácio do Planalto na manhã deste sábado para se reunir com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, além de outros assessores.
O presidente quer dar prosseguimento aos preparativos para a viagem a Nova York, a partir de segunda-feira, 18, onde participará da cerimônia de abertura da Assembleia-Geral da ONU - Organização das Nações Unidas.
Mais cedo, Aloysio Nunes se reuniu no Itamaraty com seus auxiliares para preparar os temas a serem tratados por Temer durante a viagem.
Além de rever o discurso que fará na ONU, o presidente quer discutir mais profundamente os problemas decorrentes da crise da Venezuela na região, que será o tema do jantar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outros chefes de Estado na América Latina, na noite desta segunda-feira. » Janot abre denúncia contra Temer com frase de Ulysses Guimarães sobre corrupção » Janot apresenta segunda denúncia contra Temer pelo ‘quadrilhão do PMDB’ » Após denúncia, Planalto diz que Janot faz marcha irresponsável para encobrir falhas A comitiva presidencial prevista inclui além de Aloysio Nunes, os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.
Temer quer acertar ainda as agendas bilaterais que serão realizadas durante a viagem, que incluirá reunião com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.
Temer poderá se encontrar também com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi.
As agendas bilaterais, no entanto, ainda não estão totalmente fechadas.