A gestão adotada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) tem trazido reconhecimento nacional.

Depois de ganhar o título da Revista Época no mês de agosto passado, a Compesa foi eleita a melhor empresa de Saneamento do país pela Revista IstoÉ Dinheiro, na 15ª edição do anuário As Melhores da Dinheiro 2017.

O presidente da companhia, Roberto Tavares, recebeu o prêmio na noite desta quinta, durante cerimônia realizada no Espaço Tom Brasil, em São Paulo, que ainda revelou a Compesa como a melhor nos quesitos Sustentabilidade Financeira e Responsabilidade Social.

Essa foi a segunda vez que a Compesa ganhou esse prêmio.

No ano de 2015 a empresa também foi a vencedora do setor, disputando com todas as empresas de saneamento do país, públicas e privadas. “Mesmo num cenário extremamente adverso, com as crises hídrica, política e econômica, a companhia tem se mantido fiel na estratégia estabelecida e encontra-se sólida para enfrentar os desafios que lhe são impostos.

Para garantir o alto volume de investimentos e o equilíbrio financeiro da companhia, foi preciso a Compesa ter muita disciplina.

Em 2016 enfrentamos um ano dificílimo.

Diante da seca prolongada, perdemos receita em muitos municípios que entraram em situação de colapso e ainda tivemos que gastar mais para não deixar a população dessas cidades sem atendimento", diz Roberto Tavares.

A empresa destaca o seguinte cenário, que representam um desafio adicional: Pernambuco é um Estado com um dos piores balanços hídricos do país, tendo a disponibilidade de água por habitante num valor menor que o considerado crítico pela ONU.

A estratégia adotada pela companhia tem sido a integração e o investimento em tecnologia.

Cada vez mais são necessárias intervenções para transpor água por centenas de quilômetros de uma região para outra, aumentando custos de energia elétrica para bombear a água e exigindo mais eficiência na operação. “Nesse contexto, foi preciso rever os contratos de serviços terceirizados e implantar mais tecnologia, acelerando nosso programa de automação das unidades, tornando o sistema mais eficiente.

Para operar 24 horas por dia, uma unidade pequena necessita de um esquema de plantão que envolve, pelo menos, quatro funcionários e um supervisor.

Com a automação, podemos ter operação volante e supervisionar à distância, usando a telemetria”, informa Tavares.

Das 700 estações de bombeamento em operação da companhia, mais de 200 já estão automatizadas.

A meta é chegar a 500 unidades, tendo em vista que para as unidades de grande porte é necessário manter funcionários atuando na operação”, informa.

Na área de esgotamento sanitário o programa de expansão da companhia é audacioso, mais que triplicar a cobertura em todo o Estado nas duas próximas décadas. “Nos últimos dez anos fizemos um alto volume de investimentos em expansão e melhorias no saneamento em Pernambuco, já passamos dos R$ 6 bilhões investidos.

Em 2013, iniciamos a nossa Parceria Público-Privada (PPP), a maior da área do saneamento, para ampliar o esgotamento sanitário na Região Metropolitana e Goiana, saindo de 30% para 90% de cobertura, em 12 anos, com 100% de tratamento.

Estamos falando de um investimento adicional da ordem de R$ 5 bilhões”, contextualiza Roberto Tavares “A Compesa tem a concessão de 172 dos 184 municípios de Pernambuco.

Só em 2016, os investimentos feitos pela companhia, foram de R$ 491 milhões.

No mesmo período (2016), o faturamento da companhia passou de R$ 1,4 bilhão e o lucro líquido alcançou R$ 146 milhões”.

Responsabilidade Social A Compesa também lidera o ranking de Responsabilidade Social no setor de Saneamento do anuário As Melhores da Dinheiro 2017. “Estamos mantendo um diálogo muito franco com a população no nosso estado, que possui um balanço hídrico muito ruim.

Pernambuco é um estado de contrastes.

As chuvas ocorrem de forma desequilibrada, tanto na distribuição ao longo do ano, como nas regiões do estado.

Esse contraste nos obriga a ter um plano estratégico de interconexão dos sistemas, para que a gente dependa menos dos regimes de chuvas”, observa Roberto Tavares.