Depois da troca de chumbo em público entre o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB), após sua chegada ao partido e a iniciativa de assumir o comando partidário, com a destituição do diretório estadual, amigos do ex-governador estão se organizando e já estão chamando um ato público, para a próxima segunda-feira, com o objetivo de desagravar o correligionário.
O governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB, já confirmaram presença.
O evento foi marcado para o JCPM Trade Center.
O local reservado tem capacidade para 200 convidados.
Nesta semana que passou, antes dos caciques prometerem se apresentarem ao lado de Jarbas, os socialistas já haviam divulgado notas de solidariedade ao ex-governador.
O primeiro deles foi Felipe Carreras.
Em provocação a FBC, Felipe Carreras presta solidariedade a Jarbas Vasconcelos Nesta quinta-feira, foi a vez do ex-líder do governo Paulo Câmara Waldemar Borges.
Em aparte ao deputado Tony Gel (PMDB), que falava sobre o processo de tentativa de dissolução da executiva do PMDB-PE, o deputado estadual Waldemar Borges (PSB) disse na manhã desta quinta-feira (14.09) que “diante de violência tão grande como a que se está sendo observada contra a legenda do PMDB em Pernambuco”, gostaria de se solidarizar aos que fazem a seccional pernambucana do partido. “Fui presidente da juventude do PMDB nos anos 80 e estou aqui para dizer que, apesar de em alguns momentos discordar de caminhos tomados pelo partido, é inquestionável a decência e a honestidade de propósitos que sempre embasaram as decisões tomadas por Jarbas Vasconcelos, Raul Henry e tantos outros expoentes do partido”, falou.
O parlamentar ressaltou que não é possível se referir ao PMDB-PE como uma seccional qualquer. “Aqui o partido tem história, tem gente com consistência, que defendeu ideais caros a todos nós, como a defesa do regime democrático.
Gente que combateu o arbítrio e sempre soube fazer do PMDB de Pernambuco uma referência nacional.
Então quero trazer esse meu gesto de solidariedade a Jarbas, a Raul e a todos vocês que fazem o PMDB nesta Casa.
Quero parabenizá-los também por essa defesa altiva, correta, elevada, que vocês têm feito”, concluiu.
Privatização da Chesf Na Câmara dos Deputados, o deputado federal Severino Ninho (PSB) convidou o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, a explicar a proposta do Governo Federal de privatizar o sistema Eletrobrás, do qual faz parte a Companhia Hidroelétrica do Vale do São Francisco (Chesf).
Um requerimento do parlamentar, de número 184/17, pedindo uma audiência pública para tratar do tema já foi aprovado na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal.
Também foram convidados a participar da audiência pública, a ser realizada ainda em setembro, o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Donizete Rufino, o secretário de Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Arthur Luis Mendonça Rollo, o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas da União (TCU).
Ninho integra uma Comissão Parlamentar contrária à privatização da Chesf.
O deputado disse entender que o São Francisco, que gera energia para Pernambuco e o Nordeste, não pode ter a sua transposição ameaçada. “Além desse fato alarmante, lembro outros aspectos preocupantes: a repetição do apagão de 2001 e o aumento nas tarifas de energia.
O anúncio caiu como uma bomba, principalmente na Chesf, onde há um sentimento generalizado contra a privatização da empresa, sobretudo em decorrência dos riscos que esse processo trará ao Rio São Francisco.
Os planos do Governo Temer têm um efeito perverso para o consumidor”, argumenta Severino Ninho.
O parlamentar seguiu detalhando os prejuízos para os brasileiros caso a medida se concretize. “A venda tem outro perigo.
Poderá repetir o Apagão de 2001, no fim do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso.
O povo não pode pagar a conta da falta de planejamento do Governo Federal”, disse Ninho.