O governador Paulo Câmara (PSB) foi a Brasília com aliados nesta quinta-feira (14) para se reunir com o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, e cobrar a renegociação da dívida do Estado, calculada em R$ 1,4 bilhões.
O socialista enfatizou que a articulação acontece há um ano e meio, mas o processo foi liberado primeiro para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
A renegociação foi aprovada por uma lei sancionada no ano passado, que autorizou o alongamento da dívida dos estados com as instituições financeiras oficiais.
Os acordos dão aos estados um alívio de caixa para pagar despesas ou fazer investimentos.
LEIA TAMBÉM » Governo Paulo Câmara tenta renegociar dívida de R$ 1,9 bi por alívio de caixa No caso de Pernambuco, o objetivo é de conseguir uma carência de dois anos e mais quatro anos para amortizar a dívida.
O alívio previsto é de R$ 15 milhões por mês. “Fomos o primeiro Estado a trazer esse pleito para a Caixa.
Já iniciamos o processo no BNDES.
Esta renegociação é importante para manter o equilíbrio federativo e para que todos os Estados, e não apenas os do Sul e Sudeste, tenham mais instrumentos que possam ajudar a enfrentar este momento econômico difícil que o Brasil passa”, disse Paulo Câmara pela assessoria de imprensa.
O secretário de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni, também demonstrou insatisfação com a liberação para os estados do Sul e do Sudeste, mas não para Pernambuco.
Segundo o gestor, o total repactuado pela União foi de R$ 18,8 bilhões em 2016. “Para se ter uma ideia, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais ficaram com R$ 15,6 bilhões daquele montante.” Além de Stefanni, Paulo Câmara levou para a reunião com Occhi o deputado federal Fernando Monteiro (PP-PE), aliado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).