De acordo com o jornal Folha de S.

Paulo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu revogar a imunidade penal dos delatores do grupo JBS e denunciar o empresário Joesley Batista nesta quinta-feira (14), junto com o presidente Michel Temer (PMDB) e outros membros do chamado “quadrilhão do PMDB na Câmara”.

Joesley e o executivo Ricardo Saud, também delator, estão presos temporariamente em Brasília desde o último domingo (10), por cinco dias.

O prazo da prisão decretada pelo ministro e relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, termina nesta sexta-feira (15).

LEIA TAMBÉM » Joesley tem novo pedido de prisão decretado em operação que prendeu seu irmão » PF prende Wesley Batista, irmão de Joesley e sócio do grupo JBS » Joesley diz que tentou barrar Lava Jato com políticos A prisão foi determinada depois que surgiram indícios de que os delatores omitiram informações em sua delação premiada, como a possível participação do ex-procurador Marcelo Miller na elaboração do acordo apresentado à PGR.

Miller foi auxiliar de Janot em Brasília até meados de 2016, quando voltou a trabalhar na Procuradoria do Rio.

Nessa quarta (13), Janot finalizou a denúncia contra o presidente Temer e outros membros do chamado “PMDB da Câmara”.

O peemedebista será acusado formalmente perante o STF de tentar obstruir a Justiça e de integrar organização criminosa. » Até o fim, Joesley acreditou que escaparia ileso » Delação da JBS fica sob ameaça após Joesley se entregar » Para PT e PSDB, gravação enfraquece delação de Joesley Ao menos o delator Joesley também será acusado.

Isso não seria possível se a imunidade negociada em maio continuasse valendo.

Pelo acordo, o Ministério Público Federal (MPF) abriria mão de denunciar os executivos da JBS à Justiça em troca das informações e provas que eles entregaram.