O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concluiu nessa quinta-feira (13), a nova denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB).

Segundo o jornal Folha de S.

Paulo, o peemedebista será acusado dos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

Esta é a segunda vez que Janot apresenta a denúncia contra o presidente com base na delação de executivos da JBS.

A denúncia tem mais de 200 páginas e a previsão é que seja apresentada até o fim da tarde desta quinta-feira (14), ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Além de Temer, Janot cotará a cúpula do PMDB da Câmara, alvo do relatório da polícia Federa entregue ao Supremo na segunda (12).

Nem todos serão acusados sob a suspeita demais um crime.

LEIA TAMBÉM » Por unanimidade, Supremo rejeita suspeição de Janot para atuar contra Temer » Maioria do STF vota contra afastamento de Janot de denúncias contra Temer » Em nota, Temer reage à nova ação de Janot contra PMDB Ainda de acordo com a Folha, o documento da PGR tem como base as delações e executivos da JBS - Joesley Batista e Ricardo Saud - e do corretor de valores Lúcio Funaro, que teve delação premiada homologada.

De acordo com pessoas próximas às investigações, as acusações contra Temer foram fortalecidas com dados fornecidos por Funaro à PGR.

A colaboração dos executivos da JBS foram foram suspensas pelo ministro do STF e relator do caso, Edson fachin, mas Janot já declarou que isso não invalida as provas obtidas. » Supremo deverá manter Janot à frente de caso JBS » Janot denuncia Renan, Jucá e Sarney por ‘quadrilhão do PMDB’ » Janot pede prisão de Joesley, Saud e ex-procurador Marcelo Miller Para Janot, o crime de obstrução de Justiça é caracterizado durante o episódio em que Temer, segundo o procurador-geral, deu aval para Joesley comprar o silêncio de Funaro e do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), ambos presos pela Operação Lava Jato. » Janot pedirá anulação de imunidade no caso da JBS A organização criminosa está na atuação do chamado “quadrilha do PMDB da Câmara”.

A Polícia Federal aponta Temer como tendo o “poder de decisão” no grupo.

O presidente nega as acusações.

Já o mandato de Janot à frente da PGR termina neste domingo (17).

No seu lugar, assumirá Raquel Dodge, indicada por Temer.