O Secretário de Assuntos Institucionais do PT-PE, Dilson Peixoto, respondeu às críticas que o deputado federal Sílvio Costa, do PT do B, fezao PT local, no artigo ‘a aliança PSB-PT em Pernambuco é um escárnio’, publicado no Blog de Jamildo, nesta quarta.Veja os termos abaixo Ao deputado Silvio Costa: Conheço o deputado Silvio Costa desde a década de 80, quando fui seu aluno de Química.

Depois, nos encontramos nas disputas políticas.

Em 1988, por exemplo, fui candidato a vice-prefeito do Recife, na chapa do meu amigo Humberto Costa e, Silvio, candidato a vereador pelo PTB, não recordo se apoiava Joaquim Francisco (PFL) ou João Coelho (PDT).

Anos depois, em 1995, assumi o primeiro mandato de vereador do Recife e convivi com Silvio.

Em lados opostos.

Enquanto eu militava na oposição ao então prefeito Jarbas Vasconcelos, ele (Silvio) era da base de apoio.

O mesmo, durante o mandato de Roberto Magalhães.

Os papéis se inverteram na primeira gestão de João Paulo.

Eu compunha a base de apoio do governo e Silvio Costa era um dos líderes da oposição.

O tempo foi passando e o deputado foi se aproximando da esquerda.

Estivemos juntos nas eleições que deram a vitória a Eduardo Campos e na eleição municipal de 2008 que elegeu João da Costa como prefeito do Recife.

Voltamos a estar em campos opostos em 2012: o PT lançou a candidatura de Humberto Costa e ele apoiou Geraldo Júlio.

Em 2014, estivemos juntos, novamente.

Apoiamos a candidatura a governador de Armando Monteiro Neto.

Silvio teve uma participação importante na resistência ao impeachment da presidenta Dilma e tem uma atuação destacada na oposição ao governo Temer.

Pois bem, no dia 13 último o deputado Silvio Costa publicou artigo no Blog de Jamildo sob o título: a aliança PSB-PT em Pernambuco é um escárnio.

Inicialmente, quero agradecê-lo pela preocupação com os rumos e as decisões a serem levadas adiante pelo Partido dos Trabalhadores no nosso estado e no nosso país.

Amigos de verdade agem assim, alertando os riscos que podem advir de suas decisões.

Quero, portanto, tranquilizar o deputado Silvio Costa: o PT em Pernambuco sabe o que quer e tem unidade suficiente para trilhar o seu caminho, na OPOSIÇÃO ao governo estadual comandado pelo PSB e contra o governo golpista de Michel Temer.

Tanto que agora em julho, no Congresso que contou com a participação de 300 delegados de todo o estado, aprovamos, por unanimidade, uma resolução política que prevê a construção de um palanque de oposição a ser discutido com partidos democrático-populares, aos quais apresentaremos a nossa posição por uma candidatura petista ao Governo do Estado.

Esse palanque, entretanto, não comportará políticos e partidos de direita, nem parceiros do golpe que apeou a presidenta Dilma, nem quem defenda o corte dos direitos dos trabalhadores.

Entretanto, não posso me furtar a dizer que não precisamos de ‘conselhos’ ou bravatas de quem quer que seja, sobretudo de quem, por exemplo, votou favorável a PEC 55 que congela por 20 anos os gastos públicos com saúde, educação e políticas sociais, cujos malefícios já se fazem sentir em todo o país.

Concluo sugerindo ao amigo Silvio Costa, que direcione suas preocupações e seus esforços para impedir a coligação bizarra ora em plena montagem em nosso estado, da qual um seu amigo e líder político é peça chave.

Essa sim deveria ser uma ‘cruzada’ levada a cabo pelo nosso Dom Quixote pernambucano.

Trata-se, caro amigo, da rearticulação da velha direita pernambucana, daqueles que, por exemplo, nunca aceitaram a ascensão de Miguel Arraes!

Imagine deputado, um palanque hegemonizado pelo PSDB, PMDB, DEM, PPS e demais satélites, onde o PTB e seus partidos aliados (PTN, PRB, PTdoB) estejam juntos!

Dependendo de quem analisa, isso sim é escárnio!

Dilson Peixoto, Secretário de Assuntos Institucionais do PT-PE.

Armando Monteiro fez gesto e sai em defende Lula usando MP do setor automotivo O senador Armando Monteiro (PTB-PE) ocupou a tribuna nesta quinta-feira (14) para defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da denúncia do Ministério Público de corrupção passiva na edição da Medida Provisória de incentivos à indústria automotiva.

O petebista declarou-se “inconformado” com “a tentativa de criminalização” da MP 471, editada em novembro de 2009, porque a iniciativa representou uma política de desenvolvimento regional de sucesso, beneficiando o Nordeste e o Centro-Oeste.

Armando lembrou que a MP 471, originária de Medidas Provisórias baixadas no governo Fernando Henrique Cardoso, contou com amplo apoio do Senado, sendo aprovada unanimemente por todos os partidos, incluindo vários senadores da oposição à época, como Artur Virgílio (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e José Agripino (DEM-RN).

O senador enfatizou que a prorrogação dos incentivos fiscais às montadoras determinada pela MP 471 resultou na instalação das fábricas da Ford na Bahia, da Mitsubishi e da Hyundai em Goiás, da Troller no Ceará e, mais recentemente, da Fiat Chrysler em Pernambuco. “Quebrou-se o paradigma de que a indústria automobilística não era viável nas regiões menos desenvolvidas do País”, disse Armando. “A matriz industrial do Nordeste deu um salto expressivo, não apenas pela instalação das montadoras, como de centros de alta tecnologia a elas vinculados, como ocorreu com a Ford na Bahia e irá ocorrer com a Fiat Chrysler no Recife”. “A política de desenvolvimento regional estimulada pela MP 471 transformou a realidade sócio econômica das microrregiões beneficiadas, gerando empregos de qualidade, estimulando a formação e atração do capital humano pela elevada densidade tecnológica dos empreendimentos, trazendo desenvolvimento econômico e social para as regiões menos favorecidas”.

O senador petebista frisou que, no caso específico da Fiat Chrysler em Goiana, na Zona da Mata Norte, implantada por força da MP 512, do final de 2010, na prática uma prorrogação da MP 471, foram investidos cerca de R$ 8 bilhões.

Salientou que a linha de produção, o parque de fornecedores e os serviços gerais geraram cerca de 10 mil empregos, dos quais 78% ocupados por pernambucanos.