A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito criada na Câmara dos Deputados para investigar as atividades do grupo JBS promoveu sua primeira reunião, na terça-feira (12), às 14h30, para a designação do relator do colegiado e votação de requerimentos.
São quase 100 no total – a maioria de autoria de parlamentares do PSDB: o presidente da comissão, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), e os deputados Izalci (DF), Miguel Haddad (SP), João Gualberto (BA) e Rocha (AC).
Ao jornal “O Estado de S.
Paulo”, o deputado Izalci disse que, após a prisão de Joesley Batista, neste fim de semana, a CPI ganhou relevância. “A prisão só demonstra que se tem muita a coisa a ser explicada.
Vamos chamar inclusive o ex-procurador Marcelo Miller. É muito grave essa interferência dele como integrante do Ministério Público”, disse o tucano.
Segundo a PGR, novos áudios entregues pelos delatores da JBS indicam que o ex-procurador da República atuou na “confecção de propostas de colaboração” do acordo que viria a ser fechado entre os colaboradores e o Ministério Público.
Podem ser chamados a depor os irmãos Joesley Batista e Wesley Batista, acionistas controladores do Grupo J&F Investimentos; Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais do Grupo J&F; Marcelo Miller, ex-procurador do Ministério Público Federal; Demian Fiocca e Luciano Coutinho, ex-presidentes do BNDES; e Rodrigo Janot, procurador-geral da República.
Há, ainda, vários pedidos de compartilhamento de informações, como o que requer ao Ministério Público Federal o compartilhamento de cópia integral dos processos e procedimentos envolvendo o acordo de colaboração envolvendo a empresa JBS S/A.
O foco da comissão mista, instalada no dia 5, são as supostas irregularidades envolvendo as empresas JBS e J&F em operações realizadas com o BNDES e BNDESPar, ocorridas entre 2007 a 2016.