Diante da previsão de a pauta nacional interferir no cenário eleitoral de 2018 em Pernambuco, no meio político se afirma que os palanques poderão estar divididos entre os que apoiam o governo Michel Temer (PMDB) e os aliados de Lula (PT).
Filiado essa semana ao partido do presidente, o senador Fernando Bezerra Coelho afirmou em entrevista à Rádio Jornal nesta sexta-feira (8) que não acredita que a rejeição atual a Temer - acima de 90% - não será mantida. “Essa impopularidade de Temer é passageira.” A declaração foi no momento em que o senador defendia a frente de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB), que está sendo formada por ele, pelos quatro ministros e pelo seu colega de Congresso Armando Monteiro Neto (PTB). “Óbvio que esse palanque será daqueles que tiveram a coragem de fazer as mudanças que o Brasil está reclamando”, afirmo FBC.
LEIA TAMBÉM » FBC coloca filho como alternativa para disputa com Paulo Câmara » FBC diz que pediu a Jucá para informar a Jarbas condições de ida ao PMDB “O acervo de conquistas desse governo vai ser muito grande”, disse, em defesa das medidas do governo, como a lei de terceirização, a reforma trabalhista e a privatização da Eletrobras, esta encabeçada pelo seu filho, o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho. “O desenvolvimento será valorizado quando as pessoas forem às urnas, quando for escolher seus dirigentes.” » Agora no PMDB, FBC vira vice-líder do governo.
PSB escolhe novo líder terça » FBC chega ao PMDB defendendo reformas de Temer » Jucá diz que acertou troca no PMDB com Jarbas; deputado nega e critica FBC Quatro anos após deixar o Ministério da Integração Nacional no governo Dilma Rousseff (PT), Fernando Bezerra Coelho afirmou que “o Brasil vai decidir se quer uma volta ao passado”, citando o desemprego e o endividamento da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) - cuja privatização está sendo usado pelos aliados de Paulo Câmara para criticar Fernando Filho, possível aliado dele em 2018. “Aquele que defender volta ao passado vai ter que responder pela situação em que o País mergulhou.” » FBC será candidato do PMDB em Pernambuco, confirma Jucá » Jucá diz que PMDB articula candidato à presidência em 2022 Para ele, os temas locais, como a crescente violência em Pernambuco, explorada ainda por outros pré-candidatos, também deverão estar em discussão. “A situação de Pernambuco não é boa.
Não é boa do ponto de vista econômico, das áreas de segurança”, adiantou as pautas do ano que vem. “A frente política que está em construção, além de apresentar as melhores propostas, vai apresentar os melhores quadros”, disse ainda sobre a aliança contra o governador de quem era correligionário até a última terça-feira (5).
Lava Jato Já denunciado na Operação Lava Jato por suspeita de corrupção passiva e alvo de apuração da Procuradoria-Geral da República em outros casos, FBC afirmou que em 2018 as investigações não deverão ser determinantes na escolha dos candidatos. “São vários que estão sendo alvos de investigação, inclusive o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio (no mesmo inquérito que FBC). É normal e tem que ser esclarecido”, afirmou. “Esses processos serão arquivados.”