O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), foi alvo de crítica na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta quarta-feira (6).
A parlamentar, que foi candidata à PCR no ano passado, chamou atenção para o orçamento enviado pela gestão à Câmara, que, segundo ela, tem uma redução de R$ 1,2 milhão para R$ 751 mil de recursos próprios para o Fundo Municipal da Criança e do Adolesce, responsável pela supervisão da política de assistência aos menores na cidade.
O total é de R$ 2,038 milhões, enquanto a previsão para este ano foi de R$ 2,01 milhões.
LEIA TAMBÉM » Vereador do PSB acusa Geraldo Julio de não ouvir aliados » Vice-líder de Geraldo Julio rebate Carlos Gueiros e diz que ele não ouve colegas » Prefeitura já havia começado a migrar do Recifin para o Reciprev antes do TCE proibir Essa diferença entre o orçamento total e o de recursos próprios é porque, além dessa forma de receita, há também os incentivos fiscais e as doações.
Para Priscila Krause, a prefeitura usou as duas outras tipificações para disfarçar o corte apontado por ela. “Como no papel do orçamento cabe tudo, o governo municipal majorou as previsões para essas duas categorias, mas a única que ele pode honrar com os recursos que os contribuintes pagam, que são os recursos próprios, é onde há essa previsão absurda de corte”, afirmou.
A deputada afirma que esse orçamento ameaça ações. “É muito preocupante pelo fato em sim, mais ainda pelo significado.
Essa é uma das políticas públicas de responsabilidade da Prefeitura do Recife que mais precisam de recursos e acompanhamento justamente pelo momento de dificuldade social que a cidade vive hoje. É como se estivessem cortando a possibilidade de construção do futuro dessas pessoas.
Também interfere diretamente na política de prevenção à violência.”