O presidente nacional do PMDB, Romero Jucá, declarou nesta quarta-feira (6) que a negociação para filiar o senador Fernando Bezerra Coelho faz parte de uma articulação maior.

O partido quer ter nomes nas disputas ao governo nas eleições em 2018 para viabilizar uma candidatura própria à presidência em 2022.

Apesar do atrito provocado pela chegada de FBC na direção do partido em Pernambuco, o nome dele é colocado para tentar o governo contra Paulo Câmara (PSB).

Hoje, a sigla é a principal aliada dos socialistas no Estado, apesar do cenário nacional.

O diretório local, encabeçado pelo vice-governador Raul Henry, ligado ao deputado federal Jarbas Vasconcelos, não aceitou as mudanças determinadas por Jucá para que o senador tenha poder no PMDB do Estado.

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PSB escolhe novo líder terça » Fernando Bezerra Coelho chega ao PMDB defendendo reformas de Temer “Ele vem engrandecer o PMDB Nacional e preparar as bases, não só para a candidatura em 2018 em Pernambuco e em outros estados.

Mas a candidatura de presidente da República para 2022, quando um nome do PMDB deverá disputar e, com o apoio de todos nós, continuar o trabalho do presidente Michel Temer”, afirmou Jucá em vídeo divulgado pelo partido.

Ao lado dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria da Presidência), FBC ignorou o racha em Pernambuco e acenou ao governo Temer. “Com um ano e pouco de governo, já se pode ver que o Brasil vira a pagina da pior recessão econômica da história.

As reformas que o Congresso tem votado encaminhadas pelo governo federal têm tido papel decisivo para que o Brasil possa se reencontrar na sua trajetória de crescimento e geração de emprego”, afirmou após a filiação ao PMDB. » Jarbas Vasconcelos diz que fica com Paulo Câmara e critica chegada de FBC no PMDB » Sileno Guedes diz que Jarbas reafirma aliança com Paulo, apesar de FBC » Vereador ligado a Jarbas Vasconcelos repudia entrada de FBC no PMDB » Armando Monteiro Neto e Bruno Araújo prestigiam chegada de FBC no PMDB Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil A saída dele do PSB foi tratada com normalidade pelo partido. “A saída do senador já era esperada, desde que decidiu se aliar a um governo com o qual não concordamos.

Desejamos sorte a ele e o PSB segue seu caminho”, afirmou o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.

O presidente estadual, Sileno Guedes, afirmou que a troca de legendas faz parte da formação de um palanque para Temer. » Depois do PMDB de Jarbas, aliados de Temer tomarão comando do PR de Sebastião Oliveira, aliado de Paulo Câmara » FBC troca PSB por PMDB e pode conseguir comando do partido em Pernambuco » Após cortejo do PMDB e DEM, Doria não descarta deixar PSDB para concorrer ao Planalto » Jarbas diz que destituição do PMDB é fofoca e afaga Coelhos Antes de 2022, no entanto, vem 2018 e, antecipando as alianças, FBC esteve com o filho, o ministro Fernando Filho (Minas e Energia) - que deve entrar no PMDB em março com mais dois deputados para que não percam os mandatos na Câmara - em Caruaru, no Agreste, na semana passada.

Com nomes da oposição a Paulo Câmara como os ministros Bruno Araújo (Cidades, em vaga do PSDB) e Mendonça Filho (Educação/DEM), além do senador Armando Monteiro Neto (PTB), anunciou a formação de uma frente de oposição contra o PSB, que está voltando a buscar uma aliança com o PT.

FBC quis ser candidato a governador pelo PSB em 2014, mas Eduardo Campos priorizou Paulo Câmara.

Depois, já eleito, o senador quis indicar o secretário de Desenvolvimento Econômico, cargo que ocupou no governo Eduardo e o levou a ser investigado na Operação Lava Jato, porém foi limado pelo governador, que colocou o ex-procurador-geral do Estado Thiago Norões e depois Raul Henry.