Estadão Conteúdo - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), tratará como prioridade nessa terça-feira (5), a análise do áudio da conversa entre os delatores da JBS, Joesley Batista e Ricardo Saud e pretende decidir o mais rápido possível se mantém ou se retira integral ou parcialmente o sigilo do material.

Até as 12h30 desta terça-feira (5), o áudio ainda não havia chegado ao gabinete.

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São 4 horas de áudio para analisar e interlocutores do ministro acreditam que é improvável a decisão sair até o final do dia, mas nenhuma possibilidade pode ser descartada. » Saud deixou de informar conta no Paraguai ao assinar acordo, diz Janot Fachin tem na agenda a sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como ministro substituto.

Nesta terça-feira não haverá sessão da 2ª Turma do STF, da qual Fachin é presidente, porque três ministros dos cinco da turma estão em viagem internacional (Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli).

Na interpretação da PGR, o áudio traz indícios de omissão de crimes por parte dos delatores e também lança a suspeita de que o ex-procurador da República Marcelo Miller “teria atuado como em favor dos colaboradores Joesley Batista e Ricardo Saud antes de se exonerar da sua função de membro do Ministério Público Federal”. » Janot revê delações da JBS, que podem ter premiação anulada No meio político, em Brasília, cresce uma pressão para uma divulgação rápida dos conteúdos.