O deputado federal Tadeu Alencar (PSB) lembrou durante pronunciamento no ato de funcionários e da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf, realizado no Recife na sexta-feira (01), que a bancada federal pernambucana tem se unido contra uma agenda do Governo Federal ‘que prejudica o Estado’. “Há menos de quinze dias, conseguimos impedir uma iniciativa de claro desmonte da Hemobrás.

Hoje, estamos aqui para defender este patrimônio de Pernambuco e do Nordeste, que é a Chesf.

Porque todas as vezes em que o interesse de Pernambuco é colocado em jogo, os pernambucanos se unem para além dos partidos, das ideologias, dos segmentos sociais”, disse.

Para Tadeu Alencar, a proposta de privatização da Eletrobrás reforça uma característica muito peculiar do Governo Temer, que seria rolo compressor. “Há uma falta de apetite para dialogar com o conjunto da sociedade brasileira sobre temas que lhe tocam diretamente.

Vimos isto no debate sobre teto de gastos, sobre terceirização, reformas da previdência e trabalhista, alteração da taxa de juros do BNDES, Hemobras, e agora Eletrobrás e Chesf”, afirmou.

Ele disse ainda que o presidente Michel Temer, quando voltar da China, vai encontrar uma forte resistência ao avanço dessa medida na sociedade e no Congresso Nacional, supostamente liderada pela Frente Parlamentar em Defesa da Chesf.

Durante a reunião que teve ao lado dos outros parlamentares com o diretor-presidente da Chesf, Sinval Zaidan Gama, o parlamentar disse que justificativas de má gestão, ineficiência ou baixa produtividade, não podem ter como única resposta a privatização de um bem estratégico para a economia e para a soberania do País. “Gerenciamento ineficiente se resolve com boas práticas de gestão, boa governança.

O ministério disse que fez um diagnóstico profundo para tomar este tipo de decisão, mas a própria direção da Chesf diz desconhecer quais as razões, quais motivações existem concretamente para que coloquemos em risco o sistema elétrico do País e um patrimônio dos brasileiros como o Rio São Francisco”, afirmou.