Em entrevista ao jornal Folha de S.
Paulo, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que na disputa presidencial de 2018, prefere que o PT enfrente o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do que o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) ou o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC).
Segundo a petista, Doria “não tem nenhum compromisso com País” além de chamá-lo de “inconsistente”, e que o Bolsonaro é um “político de extrema direita”. “O Alckmin de uma forma ou outra, é PSDB.
Acho que eles ainda têm um pequeno compromisso com o País”, disse a ex-presidente.
Dilma derrotou dois tucanos nas urnas, os senadores José Serra, em 2010, e Aécio Neves, em 2014.
LEIA TAMBÉM » Após um ano do impeachment, PT não sabe o que fazer com Dilma » TCU isenta Conselho da Petrobras, presidido por Dilma, de irregularidade na compra de Pasadena Ainda sobre os candidatos no pleito de 2018, Dilma afirmou que não enxerga viabilidade na candidatura de Marina Silva (Rede). “Não tenho visto a presença dela no cenário político, então fica difícil”, avaliou.
Durante a entrevista, Dilma afirmou ter ouvindo do ex-presidente Lula (PT) que ele disputará a eleição do ano que vem “preso ou solto, condenado ou absolvido, vivo ou morto” e que o partido não discute “plano B”, caso o petista seja condenado em segunda instância pela Lava Jato. » Vender Eletrobras deixa País sujeito a apagões, prevê Dilma Um ano após o seu impeachment, Dilma continua chamando o processo de “golpe”, mas reconheceu que seu governo “perdeu a batalha do convencimento” quando buscava saídas para a crise econômico.
Mas ela também afirmou que o processo foi aprovado com base em argumentos “ridículos”. » Deputados que salvaram Temer são os mesmos que elegeram Cunha, diz Dilma “Não mediram as consequências de tirar uma presidente leita sabendo que não havia crime de responsabilidade. É ridícula essa pedalada, principalmente nos dias que correm”, disse.