Em Ribeirão Preto, o governador Geraldo Alckmin falou sobre o parecer favorável do Ministério Público Eleitoral à criação de mais um partido político e a urgência da reforma política no país. “A reforma mais urgente agora é a político-partidária.
Hoje tem uma notícia no jornal dizendo que deve ser autorizada a criação do 36º partido político, coisa inadmissível.
Tem que aprovar [reforma político-partidária] este mês.
Nós defendemos cláusula de desempenho ou barreira para ter menos partido político, voto distrital ou distrital misto e campanha mais barata” Na abertura do 7º Congresso Brasileiro de Fertilizantes e no Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura, Geraldo Alckmin, já havia falado sobre reforma política e como tornar as campanhas mais baratas. “O horário de televisão, o programa de televisão é o que há de mais caro numa campanha majoritária.
Então se você tirar a tomada externa, for só uma mesa e um microfone, só estúdio, a campanha vai ficar muito mais barata e muito mais verdadeira, porque você tira a marquetagem.
Então, não é matéria constitucional, é infraconstitucional, é mais fácil de ser aprovada.
Então, o que eu tenho defendido?
Cláusula de barreira ou desempenho, distrital ou distrital misto e estúdio apenas nos programas de televisão para tornar a campanha mais barata.
O prazo é curto”.
Já o deputado federal Tadeu Alencar (PSB) participa como palestrante, nesta quinta-feira (31), de um debate na Fundação Fernando Henrique Cardoso (FHC) com o tema financiamento de campanhas: Que modelo o Brasil deve adotar?
O evento é promovido pela Fundação FHC e pela Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS).
Além de Tadeu, o debate reunirá os deputados federais Alessandro Molon (REDE/RJ) e Marcus Pestana (PSDB/MG), e também o cientista político Bruno Reis e o economista Bruno Carazza dos Santos.
As palestras terão como moderadores o superintendente do Instituto FHC, Sérgio Fausto, e o diretor executivo da RAPS, Marcos Vinícius.
Tadeu Alencar é membro das duas comissões que estão discutindo a reforma política na Câmara dos Deputados.
Ele defende o financiamento público com “controles muito bem estabelecidos, transparência, e com limites, para que as campanhas sejam realistas e possam ser mais baratas”.
Para o parlamentar, os recursos para o financiamento podem vir de fontes já existentes, a exemplo do fundo partidário, sem que haja necessidade de se criar despesa nova. “Nós temos que escolher entre permitir que as campanhas eleitorais no Brasil continuem a ser financiadas da forma como foram financiadas até aqui, com resultados absolutamente danosos ao País e a uma visão republicana das eleições, ou se queremos eleições transparentes, mais baratas, financiadas pelo próprio Estado brasileiro, possibilitando a um representante do povo, livre de interesses espúrios, defender o que for melhor para o Brasil, afirma. “Quando o Estado brasileiro não financia a democracia, aparece quem financie, e a um custo elevadíssimo”, diz Tadeu Alencar.