Os vereadores aprovaram nesta segunda-feira (28) o reajuste de 2% para os servidores da Prefeitura do Recife.
O aumento, porém, está condicionado aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal: só será concedido se o índice da Despesa Total com Pessoal ficar abaixo de 48%.
Os com pessoal chegaram a 49,45% do previsto no primeiro quadrimestre do ano, estando no limite de alerta da LRF.
O placar na Câmara foi de 24 votos favoráveis e nove contrários, tanto na primeira quanto na segunda votação.
O projeto, enviado pelo prefeito Geraldo Julio (PSB), tramitou em regime de urgência, três semanas após o fim da greve dos servidores por reajuste.
O reajuste foi alvo de críticas da oposição. “O projeto foi encaminhado em regime de urgência, uma prática desse governo.
Se a despesa líquida com pessoal chegar a 48%, nem 2% de reajuste haverá”, reclamou Rinaldo Junior (PRB). “O que me estarrece é que o secretário de Finanças esteve nesta Casa para apresentar o balanço do primeiro quadrimestre e, nesse balanço, a despesa com pessoal já ultrapassava esse valor.
Não acredito que tenha havido uma redução.
Muito pelo contrário.
Já sabemos de um projeto que vai criar 258 cargos ao custo de R$ 10 milhões por ano.” A líder do governo na Casa, Aline Mariano (PMDB), defendeu a pauta do aliado. “Estamos votando para não lesar o servidor.
Estamos votando nada mais, nada menos que uma proposta apresentada que é fruto de negociações”, disse a peemedebista.
Os servidores pediam reajuste de 14,77% para quem recebeu 5% no ano passado e 20,51% para quem não recebeu, com valores retroativos a janeiro deste ano, data-base da categoria.
Para negar os valores, a prefeitura alegou que o País está em crise econômica. “É questão de bom senso e justiça.
Temos que entender a realidade do Recife e não incorrer na irresponsabilidade.
Falo isso como servidor público que sou.
Voto por aquilo que pode ser dado no momento”, concordou o vereador Renato Antunes (PSC).