Por Angelo Castelo Branco A ex-presidente Dilma ressuscitou uma polêmica típica de sociedades preconceituosas.

Apesar de ter trocado as bolas, ela repetiu o bordão petista segundo o qual a casa grande surtou porque uma jovem negra obteve o primeiro lugar no vestibular de medicina da Universidade São Paulo.

Não há nada mais preconceituoso do que uma comparação dessa natureza.

O bordão, além de deselegante e anacrônico, traz em sua essência um grande equívoco em relação ao mundo moderno e livre que floresce em nosso país.

A jovem brilhantemente aprovada no vestibular de medicina é motivo de regozijo e de comemoração para ela que estudou e se dedicou aos livros com responsabilidade e disciplina, para a sua sua família, e para os seus amigos.

Perante a sociedade ela ocupa um lugar de destaque pelo brilhantismo nesse passo para a vida profissional.

Não há razão para ninguém surtar.

E sim para comemorar.

Querer tirar proveito eleitoreiro empurrando goela abaixo as suas percepções de divisão social de há muito sepultadas pela sociedade brasileira, é um insulto à nação que emerge na construção do Novo Mundo.

Quanto a surto, trata-se de patologia frequentemente observada entre os que se acham na iminência da perda de poder depois de muitos anos enganando incautos.