Três anos após romper com o PSB, a vereadora Marília Arraes, hoje no PT, agora vê com naturalidade o encontro do ex-presidente Lula com a família Campos.

A parlamentar defendeu em entrevista ao Blog de Jamildo neste sábado (26) que o ex-presidente está juntando alianças para a disputa em 2018.

Ela e Lula conversaram sobre o cenário eleitoral antes da visita a Brasília Teimosa.

Cotada a ser candidata a governadora pelo partido, porém, a prima do ex-governador Eduardo Campos defendeu que a legenda tenha um nome na disputa e não peça votos para Paulo Câmara (PSB) ou Armando Monteiro (PTB), com quem Lula também se encontrou na visita a Pernambuco.

O petista esteve com o socialista no jantar na casa de Renata Campos na última quinta-feira (24) e tomou café-da-manhã com o petebista, que apoiou em 2014, na sexta-feira (25). “Se aqui em Pernambuco todos os candidatos apoiassem Lula, seria o cenário ideal.

A gente quer conquistar voto para Lula”, afirmou Marília. “Agora, aqui a gente defende a candidatura própria e não concorda com as posturas de nenhuma candidatura posta”, ponderou.

Ou seja, na análise dela, Paulo Câmara e Armando Monteiro poderiam até pedir votos para o petista, mas não o contrário.

Marília trocou o PSB pelo PT no início do ano passado, com ficha abonada por Lula, após dois anos de desgaste com os socialistas.

A vereadora era contra o rompimento de Eduardo Campos com o governo Dilma Rousseff, para se candidatar à presidência.

Em 2014, também brigou com o primo por causa da nomeação do filho dele João Campos - hoje chefe de gabinete de Paulo Câmara - à Juventude do PSB. “Política, a gente faz abrindo portas, não é fechando”, minimizou a visita de Lula aos Campos. “Lula está fazendo o que precisa fazer para construir a candidatura dele e também a defesa.

Está reconquistando apoios que um dia já teve.

Não vejo problema nenhum.” Questionado, Lula afirmou que mantém relação pessoal com a família desde Miguel Arraes.

Recebido pelo senador Renan Calheiros (PMDB) em Alagoas, defendeu a necessidade de alianças na política e afirmou que é grato a ele a outro cacique do partido, José Sarney.