O ministro das Minas e Energia do governo Temer, Fernando Filho, do PSB, disse, no programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, que os investidores da Eletrobras serão obrigados por lei a investir no Rio São Francisco, não apenas explorar o uso energético.

Fernando Filho respondia a uma pergunta sobre uso múltiplo das águas do São Francisco.

O ministro das Minas e Energia do governo Temer, Fernando Filho, do PSB, disse, no programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, que os investidores da Eletrobras serão obrigados por lei a investir no Rio São Francisco, não apenas explorar o uso energético.

Fernando Filho respondia a uma pergunta sobre uso múltiplo das águas do São Francisco.

O Blog de Jamildo relatou que críticos da proposta de privatização do sistema afirmam que uma empresa privada, ao assumir as usinas ao longo do rio e visar o lucro, impediriam o uso das águas para outros fins, como produção de alimentos ou abastecimento hídrico. “Isto é uma balela.

Hoje é a Chesf que define o uso das águas?

Não, é a ANA (Agência Nacional de Águas)”, afirmou Fernando Filho.

A partir desta resposta, o ministro foi além e falou da conservação. “O governo Temer fará o maior programa de revitalização de um rio já vista no Brasil e isto passa pelo futuro da Chesf.

Um percentual dos bens que forem produzidos vai ser investido obrigatoriamente na revitalização do rio São Francisco, ao longo de 30 anos.

Serão 30 anos de revitalização, ano a ano.

Este será o papel da Chesf no futuro (cuidar dor rio)”, afirmou.

De acordo com o ministro, nos próximos dias, a obrigação será prevista em lei a ser enviada ao Congresso. “Quero ver quem vai colocar as digitais contra a revitalização”, declarou, em uma referência aos críticos, até mesmo no PSB.

Fernando Filho também rebateu as críticas de que não ocorreu um debate público sobre a privatização.

Ele argumentou que não podia haver esse debate porque a Eletrobrás tem ações cotadas na bolsa e a especulação poderia atrapalhar a empresa.

Nesta sexta, o site Antagonista informa que o governo, na semana que vem, pretende enviar ao Congresso a MP que regulamenta a venda.

Um parlamentar governista, porém, disse à Folha de S.

Paulo: “Precisa definir modelo de venda antes de querer passar uma lei.

Para passar a lei, vai ter conversa.

Isso demora.

Aí, já vamos para a eleição.

O governo está desesperado em várias frentes.

Se quiser tudo, não vai levar quase nada.

Já vai levar pouco”.