O ex-presidente Lula (PT) chegou ao Recife nesta quinta-feira (24) para cumprir três dias de agendas na capital pernambucana, uma das 25 cidades do Nordeste visitadas pela caravana do petista.
No primeiro dia, os eventos ficaram mais restritos a aliados e com menor participação da militância.
Primeiro, Lula visitou o Cais do Sertão, museu no Centro onde ele vestiu um gibão e um chapéu de couro e tirou fotos com os que o acompanharam.
De lá, seguiu para um ato político ligado à área de saúde, em local não divulgado pelo partido, para depois jantar na casa da ex-primeira-dama Renata Campos, viúva de Eduardo Campos (PSB).
Foto: Diego Nigro/JC Imagem - Foto: Diego Nigro/JC Imagem Foto: Diego Nigro/JC Imagem - Foto: Diego Nigro/JC Imagem Foto: Diego Nigro/JC Imagem - Foto: Diego Nigro/JC Imagem Foto: Diego Nigro/JC Imagem - Foto: Diego Nigro/JC Imagem Foto: Diego Nigro/JC Imagem - Foto: Diego Nigro/JC Imagem Foto: Diego Nigro/JC Imagem - Foto: Diego Nigro/JC Imagem Foto: Diego Nigro/JC Imagem - Foto: Diego Nigro/JC Imagem galeria lula recife - Lula chegou ao museu por volta das 17h, com duas horas de atraso, depois de um tumulto entre militantes da Juventude do PT e opositores, que protestava contra a visita do ex-presidente com uma bandeira do Brasil.
Os dois grupos trocaram acusações de que um estaria intimidando o outro.
Militantes petistas afirmaram que ouviram xingamentos racistas dos outros e responderam com gritos por Lula, mas alguns deles chegaram a chamar uma manifestante contrária de “p…”, em reação igualmente violenta.
LEIA TAMBÉM » Militantes pró e contra Lula em tumulto antes da chegada do petista ao Bairro do Recife » No Recife, faixas de ‘Lula 2018’ e camisas são vendidas em evento com ex-presidente » Lula chega a Pernambuco criticando ‘estrada toda quebrada’ Em meio à gritaria, policiais militares escoltaram os críticos ao petista até a Praça do Arsenal, próximo ao Cais do Sertão, onde a confusão se dispersou.
O presidente do PT, Bruno Ribeiro, afirmou que as manifestações, tanto da esquerda quanto da direita, são democráticas. “Respeitamos o direito livre e democrático de manifestação, mesmo de quem estava no ano passado batendo panela na rua pedindo a ruptura com a democracia”, disse.
O ex-presidente estava no ônibus com aliados como os senadores Humberto Costa (PE), Gleisi Hoffmann (PR) e Lindbergh Farias (RJ), além do ex-prefeito do Recife João Paulo.
Vindo de Alagoas, eles pararam em Xexéu e Gameleira, na Mata Sul, no início da tarde para compromissos rápidos.
Aguardavam a comitiva em frente ao museu o ex-prefeito do Recife João da Costa, a deputada estadual Teresa Leitão, o ex-deputado federal Fernando Ferro e a vereadora Marília Arraes, prima de Eduardo Campos e cotada a ser candidata do PT ao Governo de Pernambuco em 2018.
A entrada no museu foi tumultuada. » PT cogita empresário para vice de Lula » Lula vai enfrentar protesto no Recife, na sexta-feira » Humberto Costa esqueceu de chamar Marilia Arraes para receber Lula em sua entrada em Pernambuco?
Lula primeiro assistiu a um vídeo sobre o Sertão cercado de aliados.
De um lado, Humberto; do outro, Marília; mais atrás, Gleisi.
Depois, foi conhecer as peças do museu, mas antes vestiu um gibão e um chapéu de couro para ser fotografado com os trajes típicos nordestinos.
O ex-presidente não fez comentários políticos nem falou com a imprensa.
Na saída, se juntou a integrantes da Juventude do PT, que gritavam palavras de ordem a favor dele - como “Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo” - e depois deixou o museu pela saída de emergência.
Agenda em Pernambuco Ao contrário do primeiro dia, os próximos eventos de Lula no Recife serão com movimentos sindicais e sociais.
Nesta sexta-feira (25), às 10h, ele vai à faculdade Fajolca, em Ipojuca, onde fica a refinaria Abreu e Lima, obra da Petrobras anunciada em 2005, no fim do seu segundo mandato, que até hoje está inconclusa e envolvida nas investigações da Operação Lava Jato.
O ato será em defesa da indústria petrolífera e naval, com metalúrgicos, petroleiros, químicos e trabalhadores das indústrias da borracha, da bebida, da construção civil e têxtil.
Os trabalhadores vão entregar um documento ao ex-presidente sobre a desaceleração econômica no polo de Suape. » Longe de Temer, Renan afaga Lula em Alagoas » Daniel Coelho acusa Lula de ‘discurso fascista e de ódio’ » Lula deixa o ‘paz e amor’ e vai para ‘sarrada no ar’ Depois disso, às 16h, Lula vai participar de um ato organizado pela Frente Brasil Popular a favor dele no Pátio do Carmo, na área central.
A manifestação é também contra o presidente Michel Temer (PMDB) e as reformas trabalhista, já sancionada, e da Previdência, em discussão na Câmara.
O grupo pede também a realização de eleições diretas antes das que estão marcadas para 2018 e é contra a condenação do petista, sentenciado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um dos seis processos que enfrenta.
Lula ainda terá um ato na manhã do próximo sábado (26), em Brasília Teimosa, área revitalizada no início do seu governo, quando João Paulo era prefeito e fez acordos com o governo federal para a retirada das palafitas e a construção da orla.
De lá, o ex-presidente vai a João Pessoa e, no dia 31, volta a Pernambuco para uma agenda no Sertão do Araripe, passagem entre o Ceará e o Piauí.