A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) criticou nesta terça-feira (22) a decisão do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, de reduzir a participação da União no capital da Eletrobras. “Vender a Eletrobrás é abrir mão da segurança energética.
Como ocorreu em 2001, no governo FHC, significa deixar o País sujeito a apagões”, afirmou a petista no Twitter. “O resultado é um só: o consumidor vai pagar uma conta de luz estratosférica por uma energia que não terá fornecimento garantido”, prevê Dilma Rousseff.
Antes de ser presidente, ela foi ministra da pasta no governo Lula (PT).
LEIA TAMBÉM » Governo quer reduzir participação da União na Eletrobras A ex-presidente ainda apontou que a venda foi anunciada depois da mudança na meta fiscal, aumentando o déficit nas contas públicas de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões.
Para a petista, a decisão foi para cumpri-la.
Segundo o MME, a decisão foi adotada após profundo diagnóstico sobre o processo em curso de recuperação da empresa. “Não há espaço para elevação de tarifas nem para aumento de encargos setoriais.
Não é mais possível transferir os problemas para a população.
A saída está em buscar recursos no mercado de capitais atraindo novos investidores e novos sócios”.
A proposta será levada ao Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Em 2015, a Eletrobras já apresentava “rombo” de R$ 13 bilhões.
No ano passado, dias depois de Fernando Filho assumir o ministério, com a saída de Dilma Rousseff por causa do processo de impeachment, a Bolsa de Nova Iorque deixou de negociar ações da empresa.
Um ano depois, no último mês de junho, o ministro defendeu a privatização de setores da estatal para resolver problemas.
A Eletrobras é especializada na geração de energia elétrica, com participação de cerca de um terço do total da capacidade instalada do País.
A estatal também atua na transmissão e na distribuição de energia, além dos programas Procel, Luz para Todos e Proinfa.