O prefeito de São Paulo, João Doria, ao lado do presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, aproveitou uma entrevista em Fortaleza para tratar do tema combate à corrupção.
Os repórteres pediram que Dória comentasse a demissão da controladora-geral do município de São Paulo em meio a investigações sobre corrupção na Prefeitura. “É normal.
As investigações vão continuar.
Aliás, nós demitimos imediatamente todos aqueles que foram apontados, ou foram afastados se eram concursados, ou foram sumariamente demitidos, se eram comissionados.
Comigo não tem vez corrupção ou qualquer indício nesse sentido. É mais do que apuração, é demissão imediata.
E a apuração segue.
Não há nenhuma vinculação em relação a isso, é uma troca normal, comandada pelo nosso Secretário de Justiça.
As apurações sobre todo e qualquer ato irregular vão prosseguir.
Quero lembrar inclusive que os funcionários que fizeram atos irregulares, alguns deles vinham de gestões anteriores.
Isso é um problema endêmico, não é só de São Paulo, é de várias cidades brasileiras”. “Nós temos que combater isso com transparência, com gestão mais eficiente, se possível com um Estado menor, e, obviamente, com a colaboração das pessoas, que podem denunciar e devem denunciar qualquer ato corrupto na administração pública, seja municipal, estadual ou federal. É uma mudança regular promovida pelo Secretário de Justiça.
Não há nenhuma correlação, nenhum tipo de relação vinculando uma coisa a outra".
O que João Doria proporia de ações para o Nordeste, o que seria um plano para o tucano para essa região do país? “Valorização do emprego e a geração de oportunidades.
Nada de assistencialismo.
A situação do assistencialismo em qualquer região do Nordeste não atende ao interesse real da população.
Nós temos que gerar empregos aqui, empregos é que dão cidadania, é que dão autonomia às pessoas, e não o estabelecimento e cabrestos para cobranças depois de votos.
Eu entendo que a melhor política para a região Nordeste do pais é a geração de empregos, desenvolvimento econômico, valorização do empreendedorismo para que as pessoas, tendo um emprego, tenham cidadania.
O Ceará é um bom exemplo disso.
O desenvolvimento industrial do estado, vários e vários exemplos, aliás, foram mencionados hoje aqui, nominalmente, empresas que hoje são referência no Brasil, contrariando todas as expectativas conseguiram construir verdadeiros impérios com milhares de trabalhadores que foram treinados, preparados e hoje são empregados, têm autonomia e têm a sua vida independente.
Não dependem de nenhum programa assistencialista.
E, ademais, também o setor de indústria, o setor de comércio, o setor de serviço.
O que eu defendo é desenvolvimento econômico.
Não há paz social sem desenvolvimento econômico”.
João Dória se recusou a dizer se O PSDB fica no governo até 2018. “Não é o tema de hoje” Também comentou como fica esse racha do PSDB no governo Temer, como deve ser resolvido. “Deve ser resolvido com bom senso e com equilíbrio, protegendo as reformas, que são essenciais.
A reforma trabalhista, pela ordem, a reforma previdenciária, na sequência temos também a reforma política, pelo menos aquela vinculada às eleições do ano que vem, e finalmente a reforma tributária.
Protegendo as reformas, nós vamos proteger o Brasil e também a economia brasileira.
Nós temos 14 milhões de desempregados nas ruas, 7 milhões de pessoas subempregadas.
Não é possível você imaginar defender apenas interesses partidários, em detrimento da população que passa fome nas ruas, que não tem emprego, e que tem muita dificuldade para sobreviver. É preciso ter bom senso, equilíbrio.
Eu vejo com legitimidade os parlamentares que defendem o interesse dos seus partidos, mas terão mais legitimidade se antes de defenderem o interesse dos seus partidos, defenderem o interesse do povo brasileiro”.