O presidente da Associação das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), Roberto Tavares, que também está à frente da companhia pernambucana, defendeu que o setor precisa de iniciativas como a centralização dos recursos.
A verba hoje é pulverizada entre Orçamento Geral da União, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federal, Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) e ministérios.
A entidade quer também acesso a novas linhas de saneamento.
No caso de Pernambuco, onde Tavares é presidente da Compesa, o governo pretende fazer parcerias com a iniciativa privada.
Já há uma PPP para universalizar o saneamento na Região Metropolitana do Recife, onde o índice de cobertura dos serviços de coleta e tratamento de esgoto é de 33% - na capital é de 42%.
LEIA TAMBÉM » Governo Paulo Câmara promete não privatizar Compesa, mas quer parcerias » Bruno Araújo anuncia R$ 900 milhões para PPP do saneamento no Grande Recife Para levar a parceria para o interior, o governo aderiu ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), da União.
O BNDES contratou estudos técnicos para apontar, até o fim do ano, qual seria o melhor modelo de parceria.
Pernambuco tem 24% de coleta e tratamento de esgoto.
Tavares afirmou que a população não suporta mais esperar pelos investimentos no saneamento porque, para ele, o modelo atual já se provou ser ultrapassado.
Segundo ele, a associação divide a reivindicação com o Sindicato dos Urbanitários e a Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste (Frune) para que a cobrança seja articulada.
Além da cobrança por recursos, a entidade defende a prestação regionalizada do saneamento e a gestão compartilhada compartilhada entre estados e municípios. “Com a manutenção do subsídio cruzado no setor, que é a regra que permite que as companhias consigam prestar os serviços para todas os municípios, independente deles serem rentáveis ou não”, afirmou.