O ministro das Cidades, Bruno Araújo, anunciou nesta segunda-feira (14), em entrevista à Rádio Jornal, que a pasta vai liberar R$ 906 milhões em financiamento para que a BRK Ambiental, nova empresa responsável pelas obras na Parceria Público-Privada (PPP) da Companhia Pernambucana de Saneamento, a Compesa, para a área.
O negócio será assinado na próxima semana.
O valor será em recursos do FI-FGTS, aplicação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço em obras de infraestrutura.
Os juros serão de 6% ao ano e a empresa terá quatro anos de carência e 15 anos de financiamento. “A PPP tem tudo para avançar. É um passo fundamental para a gente mudar os índices vergonhosos que tem ainda no esgotamento sanitário”, afirmou Bruno Araújo. “Não adianta falar de desenvolvimento econômico sem cuidar de uma coisa tão elementar.” A parceria teve o contrato assinado em 2013, inicialmente com a Odebrecht Ambiental, com o objetivo de universalizar o saneamento nos 14 municípios do Grande Recife, além de Goiana, cidade da Mata Norte.
A BRK tem como acionista majoritária a companhia canadense Brookfield Business Partners LP, que adquiriu os 70% da Odebrecht Ambiental na PPP.
Inicialmente, 80% das obras seriam implantadas nos primeiros 12 anos da PPP, mas as obras não avançaram de acordo com as expectativas dos municípios nos primeiros anos e o prazo deverá ser repactuado.
Segundo Bruno Araújo na próxima semana a empresa deverá ser convidada a detalhar o modelo do investimento.
A PPP prevê o investimento de R$ 4,5 bilhões, sendo cerca de R$ 3,5 bilhões bancados pela então Odebrecht Ambiental e R$ 1 bilhão do Estado.
A assessoria de imprensa da BRK informou ao Jornal do Commercio, via e-mail, que será mantido o investimento privado previsto na parceria.