Por Jamildo Melo, editor do blog Haveria espaço para o lançamento de uma candidatura empresarial ao governo do Estado em 2018 que realmente representasse uma renovação e uma ruptura que colocasse Pernambuco em um novo patamar no que toca a gestão pública, com foco na busca de eficiência?

Um grupo de cerca de 20 empresários, tendo em comum a participação no movimento LIDE Pernambuco, acredita que sim e até já tem um nome para o desafio.

O nome da pessoa é Paulo Sales, de 62 anos, um dos donos das Baterias Moura, de Belo Jardim, localizada no Agreste do Estado.

Nesta semana que passou, como vem ocorrendo com alguma frequência, o grupo se reuniu para um almoço na casa de um dos grandes empresários do Estado, para receber o executivo de uma multinacional com atuação no Brasil, quando Paulo Sales foi mais uma vez instado a lançar-se ao desafio.

O empresário Jorge Petribu é um dos principais entusiastas da candidatura do industrial, em um grupo de 20 empresários locais. “Trata-se de um nome excelente, que representa o novo e a renovação.

Por isto há um grupo de pessoas empinando o nome dele. É um desejo dos empreendedores, da classe empresarial, uma vez que a classe política não consegue se renovar.

O nome é muito bem visto, por ser uma pessoa respeitada e querida de muita gente.

Tem o componente familiar (de não querer), mas ele não é insensível não ao pleito”, conta um observador da cena empresarial e política.

No passado recente, integrantes do grupo chegaram a cogitar apresentar um candidato para disputar o comando da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), com o objetivo de ‘quebrar a lógica’, mas não foi adiante.

Nos meios políticos locais, a avaliação é de que a postulação ajudaria o próprio João Dória, que eventualmente precisará de palanques no Nordeste, caso decida mesmo disputar as eleições em 2018, seja pelo PSDB ou mesmo outro partido, como o DEM ou PMDB, como se especulou nesta semana.

Foto: facebook, ao receber prêmio Líderes 2016, no Palácio dos Bandeirantes, São Paulo João Dória, por acaso e uma eventual coincidência, deve vir ao Estado para uma palestra no Lide Pernambuco até o final do mês.

Em São Paulo, o LIDE igualmente serviu de plataforma para o empresário de comunicação João Dória. “Vai ser um fato novo, de fato.

Ele tira voto de Armando Monteiro Neto e também mostraria o que falta de eficiência em Paulo Câmara.

Também tem uma visão empreendedora e uma postura incorrigível”, elogia um político com atuação estadual.

De acordo com um amigo pessoal do empresário, as relações familiares devem ser levadas em conta nas eventuais pretensões.

Paulo Sales é casado com Ceça Moura, filha do fundador da Moura Edson Mororó Moura, tio de Mendonça Filho, ministro de Temer e apontado como um dos nomes com interesse na sucessão de 2018. “Paulo e Mendonça são amigos.

Eles não fariam nada em discordância, sem uma costura interna.

Tem uma fila (que precisaria ser respeitada)”, afirma uma fonte do Blog de Jamildo.

O que diz o empresário sobre as movimentações?

Em entrevista ao Blog de Jamildo, nesta sexta-feira, o empresário admitiu que pode a vir a ser candidato de fato, mas que a postulação precisaria ser amadurecida. “Tenho sido procurado por poucas pessoas.

Elas tem me colocado essa possibilidade.

Eu fiquei envaidecido.

Nós discutimos os destinos de Pernambuco com frequência neste grupo e dai surgiu a perspectiva deste projeto político.

Acho bom, só escuto elogios (à eventual postulação) mas é tudo muito incipiente”, afirma.

Paulo Sales conta que uma das dificuldades seria abandonar o grupo empresarial. “Eu falo que não poderia sair, deixar a empresa para um voo solo desta envergadura”.

Apesar da ligação com o Lide, o empresário diz que não sairia candidato automaticamente pelo PSDB. “Caso eu me defina, não seria uma preocupação.

Não sou candidato de Dória (nem do PSDB).

Se se escolhe um partido errado morre antes de colocar a casa em pé”.

Na sua avaliação, diante das inquietações dos empresários locais, outra opção possível seria se unir a um nome que tenha a gestão como um ponto forte. “O Estado precisa de gestão”, diz, em uma crítica indireta ao socialista Paulo Câmara, do PSB, que deve buscar a reeleição. “Temos nomes como Armando Monteiro, Fernando Filho e Mendonça Filho”, citou o industrial.

Grupo com atuação nacional Com 59 anos e uma capacidade de produção superior a 7 milhões de baterias por ano, atualmente o Grupo Moura possui seis plantas industriais, dois centros técnicos e logísticos avançados e mais de setenta centros de distribuição comercial no Brasil, na Argentina e no Uruguai, além de distribuidores parceiros no Paraguai, atendendo assim todo o Mercosul.

Atualmente, é uma das maiores fornecedoras de baterias para a frota de veículos em circulação na América do Sul, conquistando prêmios internacionais de qualidade das montadoras Fiat, Ford, GM, Mercedes-Benz e Volkswagen.

O grupo tem atuação na área social.

O Instituto Conceição Moura (ICM) é uma organização privada, sem fins lucrativos, idealizada e mantida pelo Grupo Moura, que desenvolve projetos sociais nas áreas de educação e transformação social, meio ambiente e arte e cultura, incentivando o engajamento de crianças, jovens e adultos com vistas ao desenvolvimento de seu potencial e atuação como agentes de transformação social.

Esses projetos são realizados em parceria com o poder púbico e organizações privadas que atuam em prol da educação e de mudanças sociais que melhorem a qualidade de vida da população.

Indignação no facebook Em fevereiro de 2017, o empresário chamou a atenção ao divulgar uma carta aberta para a presidente Dilma, pedindo por sua renúncia O blog da coluna de Fernando Castilho registrou no texto Paulo Sales, da Baterias Moura, pede renúncia de Dilma Rousseff VEJA A CARTA DE PAULO SALES NO FACEBOOK Carta aberta a presidente Prezada presidente Dilma Rousseff Sou um empresário nordestino de 61 anos de idade.

Faço parte de um grupo empresarial de sucesso que já completa 6 décadas de história.

Progredir empresarialmente no hostil ambiente brasileiro é, apesar das imensas oportunidades, uma tarefa das mais difíceis.

Não seria honesto de minha parte, bradar por interesses pessoais mesquinhos, pois tenho consciência de que sou um dos privilegiados deste país.

Brado por não poder me calar diante de tantos desatinos e desacertos que comprometem o futuro do país dos nossos netos.

A sua história de vida como revolucionária, empresária, ativista política também não deve ter sido das mais fáceis.

Entre os tantos revolucionários da história, uma minoria teve a oportunidade de ser galgada ao máximo cargo político do seu país.

Dilma a senhora teve a grande chance de se eternizar como uma vencedora! É fácil imaginar o quanto deve ter sido gratificante para senhora sair vitoriosa de um processo eleitoral em um país tão grande quanto este nosso Brasil. — Obrigado meu Deus!

E agora, como irei me sair bem dessa? — Foi certamente uma questão que deve ter ecoado em sua mente por noites e noites.

Veio o reinado e como em todos os reinados, muitos encantos e desencantos.

Terminado o primeiro mandato foi-lhe dada a oportunidade de colocar na balança os encantos de um lado e os desencantos do outro.

O prato dos encantos rapidamente afundou sobre a sua mesa: Dilma candidata à reeleição.

Vocês petistas conseguiram convencer a maioria do povo brasileiro de que não haveria ninguém melhor que a Dilma que já havia sucedido o “líder maior do PT” para fazer as coisas acontecerem no Brasil Nós brasileiros —alguns sem se aperceber— já tínhamos começado a cavar as nossas sepulturas lá trás, quando colocamos o equivocado PT no poder.

O seu grande erro Dona Dilma, foi a reeleição.

Durante o primeiro mandato ainda seria possível nos fazer acreditar que a senhora estava muito bem intencionada e que o seu sonho seria tentar transformar as suas crenças ideológicas em ações para o bem do povo e consequentemente da nação.

Logo, logo ficou evidente — aí, aqui e alhures — para qualquer cidadão com um mínimo de instrução, que lhe faltariam as mínimas competências necessárias para exercer a função que o povo lhe havia confiado.

O final do primeiro mandato teria sido o momento certo para a senhora ter caído fora com o mínimo de dignidade. – Um Ufa!, mesmo que mudo, teria sido o melhor discurso para aquele que deveria ter sido o seu último dia como “presidenta”.

Por ironia da vida, ainda temos que agradecer a Deus, que a escolha dos seus pares e párias tenha recaído sobre a senhora e não no Dirceu ¬ — naquela altura já mais sujo que poleiro de pato devido às falcatruas desenterradas da farra do mensalão – Sim este seu coleguinha teria sido muito pior para o Brasil.

Santo mensalão!

O nosso imenso transatlântico verde e amarelo está à deriva.

O seu comandante não consegue mais comandá-lo, a sua tripulação sabota as ordens do enfraquecido comandante, os piratas roubam-lhe os mantimentos e os passageiros por enquanto ficam apenas batendo panelas esperando que apareça no distante horizonte algum sinal de salvação.

Presidenta, está na hora de derrubar o rei no tabuleiro, o seu jogo já está perdido.

Procrastiná-lo por mais três anos só aumentará o seu martírio e o sofrimento da nação.

Não existe mais espaços para “mais do mesmo”, uma nova lógica terá que nos ser apresentada, só assim aumentaremos as chances de darmos início de imediato à reconstrução do nosso já destroçado país. “Presidenta”: Está na hora de dar adeus ao povo que a elegeu!

Paulo Sales