Em audiência com o Governo de Pernambuco nesta quarta-feira (9), os cegonheiros se comprometeram a retirar até a próxima sexta-feira (11) todos os veículos que estão estacionados nas ruas do Centro do Recife.
Em protesto, a categoria estava ocupando vias como a Avenida Martins de Barros e o Cais de Santa Rita desde o último dia 31.
O governo entrou com uma ação na última segunda-feira (7), pedindo que a Justiça ordenasse o fim da manifestação.
A decisão favorável ao Palácio do Campo das Princesas foi do juiz Lúcio Grassi de Gouveia, da 8ª Vara da Fazenda Pública da Capital, que recebeu as duas partes para a audiência desta tarde.
A alegação dos cegonheiros para que a retirada dos veículos fosse até a sexta-feira foi de que são caminhões grandes e pesados, o que gera dificuldade para removê-los da área.
O argumento foi acatado pelo Estado.
Multa caso a decisão não seja cumprida é de R$ 10 mil por dia.
LEIA TAMBÉM » Justiça dá liminar ao Estado e manda cegonheiros abandonarem centro do Recife » Governo vai à Justiça para cegonheiros desocuparem Centro do Recife O protesto foi para reivindicar prioridade na contratação de mão de obra pernambucana para fazer o transporte dos veículos produzidos na Jeep, em Goiana, na Mata Norte.
Os manifestantes reclamam que o serviço é feito prioritariamente por empresários de Minas Gerais e São Paulo. “Queremos cobrar da montadora o compromisso que foi assumido com o governo através do Prodeauto, que determina a contratação de mão de obra e de empresas pernambucanas como contrapartida social devido às isenções fiscais concedidas”, diz um comunicado do Sintraveic, o sindicato que representa a categoria.
A empresa responsável pelo transporte é a SADA, que afirma usar mão de obra totalmente pernambucana. “A SADA entende que a manifestação ocasionada por alguns cegonheiros na área central do Recife não exprime a realidade dos fatos, uma vez que o movimento conta com alguns motoristas e carretas de outros estados, contrapondo solicitações e exigências dos próprios protestantes e referenciando de forma equivocada o Prodeauto, programa de incentivos para fabricação de peças e componentes automotivos”, afirmou a empresa em nota.