O Conselho de Ética do Senado decidiu nesta terça-feira (8), por 12 votos a 2 e uma abstenção, arquivar a denúncia contra as seis senadoras que ocuparam a Mesa do Plenário durante a votação da reforma trabalhista, em julho.
O protesto das parlamentares atrasou a votação da medida por mais de cinco horas e provocou irritação da base aliada.
A sessão do colegiado teve confusão envolvendo o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que protestou contra a ação e lembrou que foi arquivada a denúncia contra Aécio Neves (PSDB-MG), investigado por corrupção.
LEIA TAMBÉM » Medida Provisória que muda reforma trabalhista é esperada para agosto » Centrais sindicais preparam projeto para tentar mudar reforma trabalhista » Ao sancionar reforma trabalhista, Temer critica oposição Eram alvos as senadoras Ângela Portela (PDT-RR), Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Regina Sousa (PT-PI) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
A ação no Conselho de Ética foi protocolada pelo senador José Medeiros (PSD-MT), acusando-as de quebra de decoro.
O documento tinha 15 assinaturas.
Foto: Lula Marques/Agência PT Com Fátima Bezerra (PT-RN) na cadeira do presidente, Eunício Oliveira (PMDB-CE) suspendeu a reunião ao meio-dia, uma hora depois de começar, visivelmente irritado.
Duas horas, depois, tentando retomar a votação, senadores da base aliada de Michel Temer (PMDB) e da oposição se reuniram no gabinete do peemedebista para negociar o fim do protesto.
As luzes e o som do plenário ficaram desligados por mais de quatro horas.
Reforma trabalhista A reforma trabalhista passou no Senado sem sofrer alterações.
Essa decisão foi tomada porque o governo queria agilizar a sanção da medida e, se fossem feitas mudanças, o projeto teria que voltar para a Câmara.
Foi criado, então, um grupo de parlamentares - incluindo Armando Monteiro Neto (PTB-PE) - para propor as mudanças, que seriam feitas por Temer através de uma Medida Provisória, esperada para este mês.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), porém, se mostrou reticente para votar o documento.