Em protesto, cegonheiros estacionaram caminhões nas ruas do Centro do Recife há uma semana, sem previsão de deixar o local.

Para liberar o tráfego, o Governo de Pernambuco e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) entraram com uma ação judicial nesta segunda-feira (7) para que os manifestantes sejam obrigados a desocupar o local.

O caso será analisado pela 8ª Vara da Fazenda Pública da Capital.

O protesto é para reivindicar prioridade na contratação de mão de obra pernambucana para fazer o transporte dos veículos produzidos na Jeep, em Goiana, na Mata Norte.

Os manifestantes reclamam que o serviço é feito prioritariamente por empresários de Minas Gerais e São Paulo. “Queremos cobrar da montadora o compromisso que foi assumido com o governo através do Prodeauto, que determina a contratação de mão de obra e de empresas pernambucanas como contrapartida social devido às isenções fiscais concedidas”, diz o comunicado do Sintraveic, o sindicato que representa a categoria.

A entidade é ré na ação.

LEIA TAMBÉM » Mobilização dos cegonheiros no Centro do Recife não tem previsão para acabar » Grupo de cegonheiros realiza protesto na região central do Recife Os caminhões-cegonha estão em vias como a Avenida Martins de Barros, a Rua do Imperador, o Cais de Santa Rita e a Ponte Princesa Isabel.

A empresa responsável pelo transporte é a SADA, que afirma usar mão de obra totalmente pernambucana. “A SADA entende que a manifestação ocasionada por alguns cegonheiros na área central do Recife não exprime a realidade dos fatos, uma vez que o movimento conta com alguns motoristas e carretas de outros estados, contrapondo solicitações e exigências dos próprios protestantes e referenciando de forma equivocada o Prodeauto, programa de incentivos para fabricação de peças e componentes automotivos”, afirmou a empresa em nota.