Estadão Conteúdo - O presidente Michel Temer (PMDB) voltou nesta segunda-feira (7), ao mesmo discurso de conciliação e pacificação da sociedade brasileira que preconizava antes de assumir a Presidência da República.
O tom conciliador e pacificador de Temer veio carregado de simbologias por ter sido feito na Prefeitura de São Paulo, diante do prefeito, João Doria, eleito pelo PSDB - um dos principais partidos da base aliada, mas que se encontra dividido quanto a permanência ou desembarque do governo de Temer.
O presidente, que participou nesta segunda de cerimônia de assinatura do protocolo que transfere à administração municipal o Campo de Marte, na zona norte da capital, não poupou afagos ao prefeito Dória, a quem chamou de amigo e companheiro. “Tenho orgulho de me equiparar às atitudes do meu amigo Doria, de tomar atitudes paralisadas há anos”, disse o peemedebista ao se referir ao acordo entre União e Prefeitura que viabilizou o repasse do Campo de Marte à administração municipal, pondo fim a uma demanda judicial de mais de 60 anos.
LEIA TAMBÉM » Temer: ‘Não há espaço para alternativas não democráticas na América do Sul’ » Temer sonda com Eunício e Maia reformas da Previdência e tributária » Se Temer cair, quem assume é Safadão, diz cantor em show no Recife “A federação real há que prestigiar Estados e municípios e, graças a Deus, temos feito isso”, disse o presidente, acrescentando que desde sua posse tem falado que o Brasil tem uma federação capenga e não real.
De acordo com Temer há um emocionalismo no Brasil hoje.
Na sua avaliação, se os governos federal e municipal paulista se pautassem por ele, o ato de hoje não teria acontecido. “Precisamos conciliar soluções.
Vejo o Doria trabalhar com conciliação, sempre agregando e somando. É inadmissível que brasileiros se joguem contra brasileiros.
O nós contra eles não pode prevalecer”, disse Temer. » Sem Janot, Lava Jato terá ‘rumo correto’, afirma Temer » Líderes no Congresso reagem a declarações de Temer sobre Lava Jato Se o presidente foi só elogios a Doria, ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) foi diferente.
Ao se referir à negociação das dívidas com os Estados, Temer lembrou que o Estado de São Paulo recebeu mais que os R$ 3 bilhões que deveria pagar à União. À época, o governador demonstrou insatisfação com a renegociação. “No caso dos Estados, fizemos renegociação de suas dívidas.
Quando isentamos os Estados, São Paulo recebeu mais de R$ 3 bilhões que deveria pagar à União”, disse o presidente.
Temer permanece nesta segunda-feira em São Paulo e na terça-feira, dia 8, participará de dois eventos na capital paulista.