O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu, nesta quinta-feira (3), ao relator da Operação Lava Jato no Supremo tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, o arquivamento de cinco processos de citados na delação da Odebrecht.
A alegação é que eles possuem mais de 70 anos e, por lei, não podem ter os processos prescritos.
Entre os pedidos, está o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
LEIA TAMBÉM » Janot diz que Odebrecht teria dado R$ 2 milhões a Jarbas Vasconcelos para campanha ao governo em 2010 » Janot pede novo inquérito contra Fernando Bezerra Coelho no caso Odebrecht Além de Jarbas, os outros beneficiados pelo arquivamento são o pernambucano Roberto Freire (PPS-SP) e os senadores Agripino Maia (DEM), Marta Suplicy (PMDB) e Garibaldi Alves Filho (PMDB).
Todos são citados na delação da Odebrecht de terem recebidos recursos não contabilizados para campanhas eleitorais de 2008 e 2010. » “Confundir doação com propina é coisa maldosa”, diz Jarbas Defesa Procurado pela reportagem do Estadão Conteúdo, Jarbas Vasconcelos disse que gostaria que o seu caso fosse apurado e negou ter recebido R$ 700 mil via caixa 2 para sua campanha ao governo de Pernambuco em 2010. “Eu preferia que isso fosse apurado e esclarecido, pra mim seria muito mais saudável isso do que simplesmente ser beneficiado pela prescrição.
O que eu fiz foi absolutamente correto, então não tem por que ficar protegido pela idade”, disse o deputado. » Jarbas diz que doações foram dentro da lei.
FBC não foi notificado » Fachin manda investigar oito ministros e 66 parlamentares; saiba quem são os pernambucanos Para o senador Agripino Maia, era desprovida de “substância” a acusação que lhe foi feita - de receber R$ 100 mil via caixa 2 para a campanha ao Senado Federal em 2010. “O procurador-geral seguiu os ditames da lei.
A acusação que me é feita é desprovida de qualquer substância.
E o procurador, movido pelo preconiza a lei, adotou a postura que adotou.
Foi feita a Justiça à lei e aos fatos”, comentou o senador.
O deputado Roberto Freire informou por meio de sua assessoria que não se pronunciaria.
Freire foi acusado de ter recebido R$ 200 mil não contabilizados da Odebrecht em sua campanha de 2010.
A reportagem ainda aguarda respostas dos senadores Garibaldi Alves Filho e Marta Suplicy.
Com informações do Estadão Conteúdo