A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizará na próxima segunda-feira (7), a partir das 9h30, no auditório senador Sérgio Guerra, a audiência pública “A situação da Hemobrás em Pernambuco”.
Proposta pela deputada estadual Priscila Krause (DEM), a audiência tem como objetivo discutir o suposto esvaziamento da planta fabril instalada em Goiana (Mata Norte) ao custo de mais de R$ 820 milhões. “Movimentações capitaneadas pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, podem levar as ações antes previstas à unidade pernambucana para uma nova fábrica possivelmente a ser instalada em Maringá (PR)”, são as acusações espalhadas nos jornais.
Estão confirmadas as presenças de representantes do Ministério da Saúde, do Tribunal de Contas da União (unidade central, em Brasília, e Secretaria de Controle Externo em Pernambuco, Recife), do presidente da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), Oswaldo Castilho, e da presidente da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), Yêda Maria de Albuquerque.
Ainda por parte do governo estadual foram convidados os secretários de Saúde, Iran Costa, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, o vice-governador Raul Henry (PMDB).
Os vinte e cinco deputados federais e os três senadores que compõem a bancada pernambucana no Congresso Nacional também foram convidados. “No intuito de demonstrar a força política da ação em prol da fábrica da Hemobrás, que se eleva às divergências político-partidárias, a audiência foi marcada para uma segunda-feira, quando não há votações em Brasília.
A audiência já tem confirmação de partes importantes do processo, que é o Ministério da Saúde e o Tribunal de Contas da União.
São atores decisivos, que trarão informações novas e importantes sobre o caso.
O fato é que está claro por parte dos que compõem a representação política de Pernambuco de que não vamos abrir mão de uma conquista do nosso Estado, do nosso povo.
Já foram quase um bilhão de reais investidos, não pode ir pro ralo”, disse Priscila. “A parlamentar acompanha as ameaças em torno da viabilidade econômica da fábrica da Hemobrás em Goiana desde março, quando se pronunciou na tribuna da Assembleia sobre movimentações do governo de São Paulo, por meio do Instituto Butantan, em prol de novo acordo com o Ministério da Saúde a respeito do fornecimento de plasma”, diz sua assessoria.
Na oportunidade, Priscila cobrou posicionamento do governador Paulo Câmara (PSB) sobre o possível esvaziamento. “Semanas depois, a informação acerca do projeto do ministro da Saúde, que levaria a produção de hemoderivados brasileira para o Paraná acendeu a luz vermelha em relação ao projeto pernambucano”.