Com informações da Agência Câmara O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), informou nesta quarta-feira (2) que a bancada do partido está na Câmara, mas adotou a estratégia de não marcar presença na sessão que analisa o pedido para instaurar processo por crime de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB) porque, para o partido, a acusação não teve direito de se pronunciar.
Para ele, “há vício no processo”. “Já entramos com ação no Supremo Tribunal Federal para que esse vício seja corrigido”, disse.
LEIA TAMBÉM » Assista ao vivo a votação da denúncia contra Temer na Câmara » Quem votar com Temer pode ser processado por formação de quadrilha amanhã, diz Silvio Costa » Veja como votaram os pernambucanos para acabar a discussão sobre a denúncia contra Temer De acordo com o líder do PSOL, Ivan Valente, a oposição entrou com mandado de segurança para que o plenário vote o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para instaurar processo, e não o relatório da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), contrário ao pedido.
A oposição está em obstrução. » Mercado estima que Temer pode ter até 278 votos em seu favor » Bruno Araujo, Fernando Filho e Mendonça deixam ministérios para votar por Temer Como a votação é do parecer, quem vota ‘sim’ é pelo arquivamento da denúncia e quem vota ’não’ é pelo prosseguimento da investigação contra Temer. » Rito de debate favorece Temer na Câmara, em comparação com Dilma Ironizando a mala com R$ 500 mil recebida da JBS por Rocha Loures, deputados de oposição levaram uma mala (Foto: Antonio Augusto/Câmara dos Deputados) A solicitação para que o STF abra o processo é embasada em denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que denunciou Temer por crime de corrupção passiva com base em gravações e delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F – que controla o frigorífico JBS e outras empresas. » Deputado da tatuagem não aparece para defender Temer » Rodrigo Maia defende que Câmara volte a debater reformas O deputado José Guimarães (CE), líder da Minoria, defendeu que a Câmara autorize o STF a investigar o presidente e questionou a tese de que o governo Temer retomou o crescimento econômico.
Segundo ele, o investimento público caiu mais de 48%, e este governo só quer “fazer superavit primário”.
Para ele, há “gastança” do governo, com a distribuição de cargos públicos e negociação de apoio entre parlamentares.
Ele ressaltou ainda que o governo tem 95% de rejeição da população e defendeu a convocação de eleições diretas para presidente. » Advogado de Temer reclama de ‘equívocos contra Temer’ na hora que o Brasil está avançando » Oposição exibe faixa ‘Fora, Temer’.
Situação rebate com ‘Lula na cadeia’ O deputado Fausto Pinato (PP-SP), por sua vez, elogiou Temer por promover reformas estruturantes e criticou a delação da “quadrilha” JBS. “O momento é de ter responsabilidade com o País”, defendeu. “Falta 1 ano e 5 meses para acabar o mandato do presidente, não há tempo de PEC para eleição direita, parem de ser demagogos”, completou.
Ele destacou que a eleição seria indireta no caso de afastamento de Temer.
Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados - Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados - Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados - Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados - Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados