“Não cabe a nós questionar”.
Foi o que afirmou o governador Paulo Câmara (PSB) após a exoneração do secretário de Transportes de Pernambuco, Sebastião Oliveira.
Com isso, ele assume a vaga na Câmara pelo PR, partido que orientou a bancada a votar pela rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) nesta quarta-feira (2). “A frente ampla (de legendas que estão no seu governo) tem diferenças e o PR tem uma postura diferente da do meu partido.” Vice-presidente nacional do PSB, Paulo Câmara admitiu que há um racha na bancada - nomes dissidentes, como a líder Tereza Cristina (MS) chegaram a ser procurados por Temer para que migrassem para o PMDB.
Porém, defendeu que a maioria dos deputados devem seguir a orientação partidária de votar a favor da investigação do presidente. “A bancada do PSB tem divergências em relação aos encaminhamentos, mas a gente tem ouvido que vai votar majoritariamente a favor da continuidade da denúncia”, disse.
Paulo Câmara ainda defendeu que a denúncia seja votada ainda nesta sessão, apesar das ameaças da oposição de obstruir a votação para tentar prolongar o processo. “A gente espera que haja uma definição dessa questão.
O Brasil está parado desde que essas denúncias aconteceram”, alegou o governador.