“Há um ano, eu disse ‘sim’ ao futuro.

Hoje, eu digo ‘sim’ ao País”.

Assim votou a favor do presidente Michel Temer (PMDB) o ministro das Cidades, Bruno Araújo, nesta quarta-feira (2).

Ao contrário da orientação do líder tucano, Ricardo Trípoli (SP), acompanhou o relator Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) e se somou a outros 262 deputados da base de Temer.

Há um ano e meio, Araújo foi um dos principais articuladores do impeachment, integrando o grupo intitulado G8, e foi o voto decisivo pela admissibilidade do processo contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

LEIA TAMBÉM » Veja como votaram os pernambucanos sobre a denúncia contra Temer » Um ano depois, 342º voto no impeachment é investigado por delação da Odebrecht Bruno Araújo foi um dos 12 ministros liberados para votar a favor de Temer na Câmara - o único que é deputado e ficou foi o também pernambucano Raul Jungmann, da Defesa, que está administrando o envio das Forças Armadas para o Rio de Janeiro.

Nenhum , porém, tem o cargo tão cobiçado quanto o dele.

Pasta responsável por programas como o Minha Casa, Minha Vida, que pode contribuir eleitoralmente a um ano do pleito de 2018, a vaga é disputada pelo ‘centrão’, grupo de deputados de 13 partidos conservadores que vai do PP ao PSD.

O ministro diz estar mais preocupado em fazer seu trabalho. “Nesse momento de turbulência sempre há uma disputa de espaço.

O nosso foco tem sido única e exclusivamente tratar dos projetos que são bons para o País, enquanto todos nós tivermos a tranquilidade e a confiança que o presidente nos entrega para cuidar.

Eu tenho meu mandato de deputado federal.

Quem quer que esteja de olho em cadeira do ministério, o cargo é um cargo do presidente da República”, afirmou ao Jornal do Commercio na semana passada. “Nós não estamos no governo com o proposito de ocupação de cargos, estamos fazendo entrega de serviços à população, que é o mais importante.”